21/05/2020

Brasileiros acreditam que número de contaminados é maior que o noticiado

O Senado Federal já analisou e votou mais de trinta propostas de lei com objetivo de minimizar os efeitos da Covid-19 no país. Para subsidiar o trabalho parlamentar e auxiliar na definição de prioridades, o Instituto DataSenado realiza rodadas frequentes de pesquisas de opinião. Entre os dias 18 e 20 de maio, foram entrevistados por telefone 1.200 brasileiros com mais de 16 anos, em amostra representativa da opinião da população brasileira.

Os resultados indicam que os brasileiros entendem que há subnotificação de casos da Covid-19 no país. Para quase 60%, o número de contaminados pelo coronavírus é maior que o notificado, enquanto outros 28% acham que é menor.

 

A pesquisa também mostra que a TV é a principal fonte de informações sobre a pandemia do coronavírus para 62% dos brasileiros. Sites de notícias é o segundo meio mais apontado, com 16%.

 

 

Maioria acha que o pior da crise econômica ainda está por vir

Mais da metade dos brasileiros acha que a crise econômica devida ao coronavírus ainda deve se agravar. Para outros 32%, atualmente estamos passando pela pior parte. Em relação à crise da saúde, as opiniões ficam divididas: 45% dos cidadãos acreditam que o momento atual é a pior parte, enquanto outros 48% afirmam que o pior dessa crise ainda está por vir.

 

 

 

Nesse sentido, 98% manifestam apoio ao uso obrigatório de máscara facial em lugares públicos, como proteção contra o coronavírus.

 

 

População apoia medidas propostas pelo Congresso Nacional para enfrentamento da crise econômica

A pesquisa sinaliza a preocupação do brasileiro com os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus. Nesse sentido, é significativo o apoio a projetos de lei que têm por objetivo aliviar as dificuldades financeiras que atingem a população e, paralelamente, manter recursos em circulação como forma de preservar a atividade econômica.

Uma das medidas aprovadas pelo Congresso Nacional para enfrentamento da crise foi o auxílio emergencial de R$600,00 a serem pagos por três meses a trabalhadores informais, autônomos e desempregados. Mais de 40% dizem saber muito sobre esse auxílio e quase metade dos brasileiros ouvidos na pesquisa fez solicitação para recebe-lo. Dos que requisitaram o auxílio, 65% receberam a primeira parcela, enquanto outros 35%, não.

 

 

 

 

Inclusive, nove em cada dez entrevistados acham que o pagamento do auxílio emergencial deveria ser estendido até o fim do estado de calamidade pública. Existem diversos projetos sendo debatidos no Senado que propõem essa prorrogação (PL 2.593/2020, PL 2.627/2020PL 2.133/2020PL 2.419/2020)

 

 

Os entrevistados também opinaram sobre o PL 2.388/2020, que propõe a criação de um auxílio no valor de 100 reais mensais para famílias de baixa renda pagarem serviços de comunicação como internet e celular durante a pandemia. Segundo os resultados, 73% dos brasileiros consideram essa proposta muito importante.

 

 

Outros projetos de lei avaliados pela pesquisa são o PL 662/2020, que concede seguro-desemprego a microempresários e o PL 1.079/2020, que suspende os pagamentos devidos pelos alunos de instituições de ensino superior privadas ao FIES. Ambas medidas foram consideradas muito importantes pela maioria.

Por último, os entrevistados também consideraram muito importante suspender os descontos, no salário, de parcelas de empréstimos e financiamentos (PL 1.448/2020) e proibir a inscrição de novos consumidores em cadastro de devedores enquanto durar a pandemia (PL 675/2020).

 

 

 

As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas. Nas entrevistas são feitas perguntas que permitem estimar a margem de erro para cada um dos resultados aqui divulgados, calculados com nível de confiança de 95% (Anexo 1 do relatório completo). Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a pesquisa (aproximação usual em pesquisas que não são totalmente probabilísticas). As entrevistas foram distribuídas por todas as unidades da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis, com alocação proporcional à população de cada UF.