20/12/2012

O cidadão e o Senado Federal- dezembro 2012

Cidadãos estão otimistas quanto ao início de 2013

Na mais recente pesquisa do DataSenado, 58,1% dos entrevistados afirmaram achar que sua condição econômica vai melhorar nos próximos seis meses, o que revela um otimismo para o ano novo. Esse percentual aponta discreta melhoria em relação à pesquisa anterior, quando 55% manifestaram a mesma opinião. Quando perguntados sobre sua sensação de bem-estar nos últimos seis meses, 52,4% disseram que ela se manteve igual, quase a mesma quantidade (52,1%) de pessoas que alegou que sua condição econômica também se manteve igual. O DataSenado realizou pesquisa telefônica nacional, em 123 municípios do país, com 1.228 pessoas de 16 anos ou mais, no período de 30 de novembro a 17 de dezembro de 2012.

Mantendo a mesma tendência apontada nas últimas pesquisas, a saúde prossegue como a maior preocupação atual dos brasileiros, declarada como tal por 28,5% dos entrevistados. Na sequência, tem-se que a maior preocupação para 24,6% dos respondentes diz respeito à segurança pública.

Assim como nas duas últimas pesquisas realizadas em novembro de 2011 e julho de 2012, a corrupção foi apontada por aproximadamente um quinto (19,8%) dos entrevistados, o que lhe assegurou o posto de terceiro assunto mais preocupante. Expressiva quantidade de entrevistados (74,2%) concordou que o Senado Federal pode ajudar muito a resolver sua principal preocupação, o que confirma tendência apontada nas últimas pesquisas.

Vínculo entre Senado e democracia brasileira é reconhecido

Embora a maioria dos entrevistados admita que o Senado Federal pode ajudar muito a resolver sua maior preocupação, uma baixa parcela de entrevistados, isto é, 23,1%, qualificou como alto seu interesse por política – na pesquisa anterior eram 22% os cidadãos com essa percepção. Praticamente metade (48,6%) disse ter médio interesse pelo assunto, ao passo que 13,5% afirmaram ter baixo interesse – quase a mesma quantidade dos que disseram não ter interesse (13,9%).

Apesar disso, deve-se ressaltar que a democracia ainda é considerada a melhor forma de governo por 71,1% dos respondentes – em julho 75% emitiram essa opinião. Aproximadamente um quarto (25,9%), entretanto, disse que em algumas situações um governo autoritário é melhor.

Próximo ao valor registrado na última pesquisa, qual seja, 75%, nota-se que 75,6% dos cidadãos apontaram que o Congresso Nacional é muito importante para a democracia brasileira. Apenas uma minoria o considerou pouco importante (16,0%) ou ainda sem importância (7,1%).

Liberdade de imprensa continua sendo vista como aspecto importante para a democracia no Brasil

Convidados a julgar se três diferentes fatores favorecem ou prejudicam a democracia no Brasil, os resultados da pesquisa mantiveram sua tendência histórica. Com efeito, 84,1% dos respondentes defenderam que a liberdade de imprensa favorece a democracia (contra 86% na pesquisa de julho).

Por sua vez, 77,3% atestaram que o fato de existirem muitos partidos políticos é algo que prejudica a democracia (frente a 75% na última pesquisa). E, com proporção semelhante à que se verificou no estudo anterior, 50,8% entenderam que o voto obrigatório prejudica a democracia no Brasil, enquanto 45,9% sustentaram que ele favorece.

Para maioria dos participantes, o Senado vem desempenhando suas atribuições de forma mediana

Em seguida, inquiridos sobre o desempenho do Senado Federal no papel de elaborar leis que ajudem o país, 58,1% disseram que o órgão está cumprindo mais ou menos essa função, o que representa um aumento de cerca de cinco pontos percentuais em relação à última pesquisa. Em contrapartida, um terço dos entrevistados (33,3%) disse que o Senado cumpre mal esse papel, enquanto 7,8% disseram que ele cumpre bem.

No tocante ao papel de fiscalizar as ações do governo federal, 54,4% afirmaram que o Senado cumpre tal papel de maneira ‘mais ou menos’, frente a 31,4% que avaliaram cumprir mal e 13% que entenderam cumprir bem. Por fim, quando perguntados sobre a atuação do Senado Federal, pouco mais da metade dos respondentes (54,2%) a considerou apenas regular. Já 25,4% consideraram-na boa ou ótima, sendo que 19,9% a enxergam como ruim ou péssima.

Na sequência, à pergunta “você se sente representado pelos senadores do seu Estado?”, 49% responderam que não, o que representa ligeira melhoria em comparação ao resultado da pesquisa de julho (52%), ainda que dentro da margem de erro. Pouco mais de um terço (33,6%) afirmou que se sente representado apenas em parte, enquanto 16,4% disseram que se sentem efetivamente representados por estes parlamentares.

Aparentemente ainda é difícil conseguir informações sobre o trabalho dos senadores

A maioria dos entrevistados continua avaliando como uma tarefa difícil a tentativa de obter informações sobre o trabalho dos senadores (71,7% contra 68% da última pesquisa). Por outro lado, aproximadamente um quarto (24,1%) relatou ser fácil conseguir esse tipo de informação.

Televisão continua sendo principal fonte de informações sobre o Senado

Por fim, quando perguntados sobre qual é a sua principal fonte de informações sobre o Senado, a televisão prosseguiu sendo designada como o principal veículo junto à maioria dos respondentes (58,6%). Para quase um quarto dos participantes (23,7%), a internet permaneceu sendo a fonte mais acionada. Jornais em papel ou revistas mostraram-se o principal meio de busca para 10,1% dos respondentes, enquanto o rádio foi apontado por 4,1% destes.