Lula deixa de gastar R$ 2,2 bi com novo salário mínimo em maio

Dados da IFI mostram que recursos serão poupados de janeiro a abril; Orçamento reserva R$ 6,8 bilhões para alta real em 2023

Presidedente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com governadores e ministros, no Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (foto) justificou o fato de não ter concedido o aumento no começo de 2023 em razão da entrada de novos beneficiários na Previdência
Copyright Sérgio Lima/Poder360 - 27.jan.2023

O aumento do salário mínimo para R$ 1.320 a partir de maio resultará em uma economia de R$ 2,2 bilhões para o governo federal, de acordo com levantamento da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado encaminhado ao Poder360. Os valores correspondem aos meses de janeiro a abril.

Nesse período, o piso permanecerá em R$ 1.302. O Orçamento de 2023 reserva R$ 6,8 bilhões para aumento real do salário mínimo.

Os recursos, no entanto, não serão usados integralmente para o reajuste. Segundo a IFI, a medida resultará em um impacto de R$ 4,4 bilhões nas contas públicas deste ano.

Dados do Ministério da Fazenda e da IFI mostram que cada R$ 1 a mais no salário mínimo aumenta os custos da União em R$ 390 milhões por ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificou o fato de não ter concedido o aumento no começo de 2023 em razão da entrada de novos beneficiários na Previdência.

A declaração foi dada em 16 de fevereiro, em entrevista ao canal de notícias CNN Brasil. Na ocasião, o chefe do Executivo confirmou o novo reajuste.

Aumento para funcionalismo

Em contrapartida, o Ministério da Gestão da e Inovação em Serviços Públicos propôs na em 16 de fevereiro um reajuste de 7,8% ao funcionalismo do Executivo. Os percentuais estão acima dos 6% assegurados no Orçamento deste ano.

A previsão era de um escalonamento no aumento salarial dos funcionários públicos:

  • fevereiro de 2023: 6%;
  • fevereiro de 2024: 6%;
  • fevereiro de 2025: 6,13%.

Uma nova rodada de negociação está marcada para a próxima semana.


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