Conjuntura

Seminário promovido pelo Correio debate prioridades do Brasil para 2023

Especialistas vão avaliar demandas prioritárias e a tarefa de reequilibrar as contas públicas, pressionadas pela crise fiscal

Luana Patriolino
postado em 04/12/2022 03:00 / atualizado em 08/12/2022 11:09
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Eleito presidente nas eleições mais conturbadas desde a redemocratização, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta grandes desafios para assumir seu terceiro mandato como chefe do Executivo. Além da responsabilidade de restabelecer a harmonia entre os Poderes, a equipe do petista estuda como promover a estabilidade econômica com equilíbrio entre responsabilidade fiscal e social.

É nesse contexto que o Correio Braziliense reúne alguns dos maiores especialistas do país para o seminário Desafios 2023, o Brasil que queremos, em 15 de dezembro, das 14h às 19h, no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O evento será mediado pelo jornalista Vicente Nunes e terá transmissão ao vivo pelo site e pelas redes sociais do jornal.

Os convidados vão debater sobre contas públicas, infraestrutura, educação, saúde e outras questões sociais. As proposições serão de grande valia para os novos governantes, cientes de que o Brasil não pode perder oportunidades para recuperar a economia e assegurar melhores condições de vida para a população mais pobre.

Nos últimos 10 anos, o crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 0,3% ao ano, muito abaixo do que o esperado e aquém das necessidades de uma nação como Brasil. "São muitas as incertezas no horizonte. A sociedade precisa se atentar para o que lhe espera e quais caminhos seguir. O Correio, como faz sempre, convidou alguns dos maiores especialistas em suas áreas para debater os principais problemas brasileiros", destacou Vicente Nunes.

"É preciso que o governo eleito tenha a humildade para ouvir sugestões e críticas. Os nós a desatar são muitos. A questão fiscal está no topo das preocupações dos especialistas, mas a população, sobretudo a mais pobre, quer saber como ficará a educação, a saúde, o emprego, os programas sociais. Todos querem respostas", ressaltou o jornalista.

Os avanços em outras áreas de suma importância, como meio ambiente e sustentabilidade, também são destaque no evento. Os convidados vão analisar o contexto e possíveis soluções para os próximos anos.

Foco na economia

A equipe de transição ainda trabalha para uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumente os gastos para o ano que vem e permita que Lula cumpra as promessas de campanha. O Orçamento de 2023 é considerado a prioridade e principal desafio da nova gestão.

O novo governo ainda será assombrado pela inflação — as contas públicas estão longe do equilíbrio e os juros se encontram no nível mais elevado em cinco anos. O país também vivencia o aumento da pobreza, a falta de investimentos em infraestrutura, além das dificuldades na educação e na saúde, que demandam um choque de gestão.

Será necessário um grande engajamento entre Executivo e Legislativo para que os anseios da sociedade sejam atendidos com responsabilidade fiscal e com projetos muito bem estruturados. No evento, os especialistas dizem o que há disposição para o diálogo e o reconhecimento do que é preciso ser feito. O Brasil, sim, tem jeito e os próximos quatro anos podem ser a pavimentação do tão esperado salto para o futuro.

Confira a programação completa:

Abertura

    • 14h00 — Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal*
    • 14h20 — Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central

1º Painel: Responsabilidade fiscal e responsabilidade social

    • 14h40 | Juliana Damasceno, economista da Tendências Consultoria. José Roberto Afonso, economista e um dos pais da Lei de Responsabilidade Fiscal. Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da Ryo Asset
    • 15h30 | Simone Tebet, senadora: “O social não pode esperar”

2º Painel: O crescimento passa pela infraestrutura

    • 15h50 | Tony Volpon, estrategista da Wealth High Governance. Jorge Arbache, vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Zeina Latif, economista

Coffee Break: 16h50 a 17h

17h | Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda: “Credibilidade para o crescimento”

3º Painel: A sociedade quer ser ouvida — educação

    • 17h20 | Cláudia Costin, diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV. Celso Niskier, presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Ambes). Raphael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI e diretor-geral do Senai. Marcos Lisboa, economista e presidente do Insper (Confirmado)

4º Painel: A saúde como fonte de sustentabilidade da nação

    • 18h | Humberto Costa, ex-ministro da Saúde. Paulo Rebello, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado

Encerramento

    • 18h40 | Michel Temer, ex-presidente da República

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