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    Seria possível aumentar auxílio respeitando teto e precatórios, diz especialista

    Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, afirmou que seria preciso fazer uma contenção nos gastos não obrigatórios, mas que caminho "não seria fácil"

    Produzido por Elis Francoda CNN

    Em São Paulo

    Em meio à proximidade da votação da PEC dos Precatórios, que visa abrir espaço fiscal de mais de R$ 80 bilhões no teto de gastos, o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, afirmou que seria possível aumentar o auxílio sem precisar alterar o teto e pagando os precatórios, mas que esse não seria o caminho fácil.

    “Nós mostramos em um relatório de acompanhamento fiscal na semana passada que seria possível dar um aumento ao Bolsa Família respeitando o teto de gastos e pagando o precatório. Agora, não teria um centavo para emenda de relator geral. Teria que fazer uma contenção no gasto ‘discricionário’, que é o gasto não obrigatório. Então, esse caminho difícil ninguém quis”, afirmou o especialista.

    Salto ainda afirmou que a pressão em relação às eleições de 2022 também foi fundamental para a decisão de alterar o teto de gastos e dar um “calote nos precatórios”.

    “Eu entendo que a despesa social é importante, porque fica parecendo que aqueles que são a favor da responsabilidade fiscal e do teto de gastos são contra o gasto social. Na verdade, é o contrário. O teto, desde 2016, tem ajudado a manter as expectativas sob controle e a alimentar a ideia de que existe uma restrição orçamentária. O que está acontecendo agora é que, na iminência de ter um ano eleitoral, com pressão por gastos maiores, surgiram essas duas ideias: primeiro, o calote nos precatórios; e, segundo, é trocar, de maneira retroativa, a fórmula como o teto sobe“, afirmou Salto.