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Por Estevão Taiar, Valor — Brasília


O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, destacou hoje em entrevista coletiva “a percepção de que o risco [fiscal] está aumentando”. Ele também afirmou que “o trabalho de estabilizar a [relação] dívida/PIB, em um contexto de desmonte das regras ou de flexibilização - sobretudo do teto de gastos -, fica mais alto”.

“Isso dá certa impressão de que as contas públicas estão melhorando sem qualquer tipo de qualificação, o que não é verdade”, afirmou Salto. A IFI decidiu realizar uma entrevista coletiva após a divulgação em função da conjuntura fiscal.

“Claramente já há um ponto de inflexão na trajetória da dívida. Houve uma comemoração muito grande, principalmente de setores do mercado, quando a dívida começou a cair de março para abril”, disse.

Ao comentar os números fiscais mais recentes divulgados pelo Banco Central (BC), de agosto, Salto afirmou que “é uma questão de tempo, de dois a três meses, para que a dívida volte a crescer”. Nos cálculos da IFI, a taxa implícita da dívida estava em 6,6% em agosto e deve ficar entre 7% e 7,5% até o fim do ano, influenciada pela alta da Selic e puxando a dívida como um todo para cima.

De acordo com Salto, essa trajetória da dívida “não é explosiva, mas crescente por alguns anos”.

A IFI projeta três cenários diferentes para a trajetória do endividamento: base, pessimista e otimista, na ordem do mais provável para o menos provável. Segundo o diretor-executivo, “se as medidas de flexibilização do teto e mudança no regramento dos precatórios avançarem, a tendência é ficarmos” entre os cenários base e pessimista. “Ou seja, um cenário mais claro de crescimento da dívida”, afirmou.

“Essa fotografia que temos hoje mostra um cenário que é incerto, pode mudar para o bem ou para o mal a depender das medidas que forem tomadas sobretudo neste fim do ano, inclusive as medidas que estão sendo anunciadas hoje.”

Na entrevista, Salto também destacou a revisão para baixo da projeção da IFI para o déficit primário do governo central neste ano, de R$ 197 bilhões para R$ 158,3 bilhões – melhora puxada pelo crescimento do PIB nominal e pelo resultado da atividade econômica no primeiro semestre, “que foi surpreendente”. “Infelizmente não é uma tendência para este segundo semestre nem para o ano que vem”, disse, a respeito da atividade.

A IFI projeta crescimento de 4,9% para o PIB neste ano. Mas o diretor-executivo afirmou que, na prática, isso “significa estar estacionado no segundo semestre”. Também lembrou que mostra uma “dinâmica pior” da economia brasileira em relação a “países comparáveis ou mesmo avançados”. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta alta de 6,4% para os países emergentes em 2021.

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