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Desempenho

Instituição Fiscal Independente prevê PIB de 0,1% em 2022 se houver racionamento de energia

Na foto, linhas de energia elétrica no Noroeste em Brasília

A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado aumentou a estimativa do PIB para este ano e reduziu o de 2022.  No relatório de junho, a instituição previa crescimento do PIB em 2021 de 4,2%. O novo relatório aumentou a projeção para 4,9%. A justificativa é o aumento dos preços de commodities e pela recuperação do setor de serviços, motivada pelo avanço da vacinação da população contra a Covid-19. 

No entanto, a expectativa de crescimento para 2022 caiu de 2,3% para 1,7%, devido ao aumento da taxa básica de juros para conter a inflação. Caso haja racionamento de energia motivado pela crise hídrica, o crescimento do PIB em 2022 será de apenas 0,1%. 

Para a inflação, a expectativa é de fechar o ano com IPCA de 8,7% em 2021, e 4,2% em 2022, acima da meta de 3,5% do Banco Central. Já a taxa básica de juros, a Selic, deve fechar o ano em 8,25% e chegar a 8,5% em 2022, em um esforço de conter a alta da inflação.

Ainda segundo o relatório, a dívida bruta deve fechar 2021 em 83,3% do PIB, abaixo da estimativa feita em junho, de 85,6% do PIB. Segundo o texto, a tendência é que a relação dívida/PIB cresça nos próximos anos, fechando em 84,8% do PIB em 2022 e 86,2% em 2025.

"A dinâmica da dívida é profundamente influenciada pela questão dos precatórios e do cumprimento do teto de gastos. As discussões sobre a mudança nas regras para o pagamento dos precatórios e sentenças judiciais têm aumentado a percepção de risco fiscal no mercado. Dado um cenário pessimista, a dívida bruta pode alcançar o patamar de 122,3% do PIB até 2030".

Para o teto de gastos, uma inflação de 4% em 2022, permitiria um aumento expressivo das despesas discricionárias e o cumprimento do teto de gastos em 2023.

"No cenário base previsto pela IFI, o risco de descumprimento do teto de gastos se torna alto em 2026".

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