Brasil
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE

Por Lu Aiko Otta, Valor — Brasília


 — Foto: Adriano Machado/Bloomberg
— Foto: Adriano Machado/Bloomberg

Para cumprir a regra do teto de gastos, o governo precisará contingenciar (bloquear) quase R$ 32 bilhões do Orçamento de 2021, estima a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado federal.

A peça orçamentária foi aprovada pelo Congresso no último dia 25. Um voto complementar cortou despesas obrigatórias, como aposentadoria e pensões, para reforçar as previsões de despesas discricionárias, entre as quais investimentos, em R$ 26,5 bilhões.

Pelos cálculos da IFI, as despesas sujeitas ao teto de gastos ficarão em R$ 1,517 trilhão, ante um limite de R$ 1,485 trilhão. Assim, para cumpri-lo, será necessário conter despesas discricionárias ao longo do ano.

Para cumprir outra baliza para as contas públicas, a chamada Regra de Ouro (as operações de crédito não podem superar as despesas de capital, inclusive investimentos), o governo precisará pedir ao Congresso uma suplementação orçamentária de R$ 451 bilhões.

A nota da IFI avalia o Orçamento de 2021 diante de outra regra: a da meta fiscal. Nesse caso, a projeção é um resultado primário de R$ 214,2 bilhões, para uma meta de R$ 247,1 bilhões. Ou seja, o objetivo tende a ser alcançado.

No entanto, esse cálculo não leva em conta os gastos com a retomada do auxílio emergencial, nem outros créditos extraordinários que o governo venha a editar. De acordo com a Emenda Constitucional 109 (antiga PEC Emergencial), que autorizou a retomada do auxílio emergencial em R$ 44 bilhões, essa despesa não é considerada para efeitos de teto de gastos, meta de resultado primário e Regra de Ouro.

Se fossem consideradas também essas despesas, que a IFI estima em R$ 67,8 bilhões no total, o déficit primário chegaria a R$ 282 bilhões. O impacto adicional sobre a dívida pública seria de 0,44 ponto percentual. A estimativa da IFI para a dívida bruta em 2021 é 92,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

A Emenda 109 trouxe também uma nova regra que permite disparar medidas de corte nos gastos públicos. Para o governo federal, elas são acionadas quando as despesas obrigatórias atingem 95% das despesas sujeitas ao teto. Pelas contas da IFI, essa relação estaria em 91,1% no Orçamento de 2021 aprovado pelo Congresso. Ou seja, os gatilhos de corte nas despesas não serão disparados este ano. A IFI estima que isso só venha a acontecer em 2025.

Mais recente Próxima Butantan estuda potencial da Coronavac contra variantes da covid-19, afirma governo de SP

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Segundo o ministro, houve reversão de expectativas sobre o corte de juros da economia americana e é preciso entender melhor esses impactos

Haddad: Temos que ter cautela porque vai haver um reposicionamento global do mercado

Caixa aponta que depósitos devem ser feitos até o sétimo dia subsequente ao mês trabalhado

FGTS não caiu na conta? Veja o que fazer

Ministro da Casa Civil buscou amenizar a crise com o Parlamento

Lira nega ao Planalto que tenha orquestrado pautas bomba contra o governo

Iniciativa deverá estar implantada até o fim de abril; banco contratou e treinou 190 especialistas, e deve chegar a 250 até o fim do ano

Santander expande modelo AAA e vai oferecer consultoria de seguro e consórcio para clientes de alta renda

Conta comercial foi responsável pela entrada líquida de US$ 2,538 bilhões no período, enquanto a conta financeira anotou saída de US$ 577 milhões.

Fluxo cambial fica positivo em US$ 1,961 bilhão na semana até 12 de abril

Manutenção de Prates à frente da Petrobras tem sido alvo de incerteza, nas últimas semanas, desde o início dos debates sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da companhia

Questionado sobre ida a Brasília, Prates diz que ‘não tem estresse’

Executivo está no escritorio americano da firma de auditoria desde 1996

RSM anuncia Ernest Nedder como novo diretor-presidente global a partir de junho

Líderes ocidentais passaram a semana pedindo a premiê que 'aceite a vitória' por ter repelido o ataque de sábado à noite, mas público e governo de Israel estão divididos sobre retaliação

Netanyahu está preso ao dilema de atacar Irã ou dar ouvidos a aliados

Previsão é de que os trabalhos sejam retomados às 16h30

Assembleia de credores da Oi é suspensa para análise de nova versão do plano de recuperação judicial

Relator indeferiu agravo de instrumento que pedia a nulidade da decisão de primeira instância

Justiça mantém embargo a empreendimento da JHSF