Finanças
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Por Marcelo Osakabe, Valor — São Paulo


O dólar comercial fechou em baixa de 2,32% nesta quarta-feira, a R$ 5,6276, ajudado por uma retomada do apetite por risco no exterior e também por um movimento de exportadores para travarem o câmbio com o início das exportações da safra de soja.

O ótimo desempenho no pregão praticamente zerou a alta da moeda americana no mês, que terminou em 0,41%. No ano, o dólar ainda acumula valorização de 8,49% frente ao real.

Além do exterior mais leve, o que tem ajudado o câmbio nesta sessão é a expectativa com o início do fluxo trazido pela venda da safra de soja brasileira. “Os bancos, provavelmente já com essa questão no radar e entendendo que havia grande prêmio sobre o dólar, devem ter fechado contratos para adiantar esses recursos”, diz Ítalo Abucater do Santos, gerente de câmbio da Tullett Prebon.

Em âmbito local, passada a disputa pela formação da Ptax de fim de mês e trimestre, os agentes agora se voltam à discussão do Orçamento. O senador Marcio Bittar (MDB-AC) informou mais cedo que cancelará R$ 10 bilhões em emendas de relator. O Valor apurou que o gesto agradou a equipe econômica, mas é considerado insuficiente, uma vez que ainda restam R$ 21 bilhões em despesas obrigatórias canceladas que precisam ser restituídas.

“Neste ano, a antiga estratégia de reestimar receitas para fixar emendas palramentares esbarrou no teto de gastos. Isso produziu o nó górdio dado pela subestimativa de despesas obrigatórias, que terão de acontecer. Esse nó só será desfeito com um novo projeto de lei, a meu ver”, escreveu o presidente da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Felipe salto, em seu perfil no Twitter.

O fato de que o dólar tentou algumas vezes romper, sem sucesso, os R$ 5,80, indica que o patamar tem funcionado como uma resistência técnica importante, avalia o diretor da WIA Investimentos, José Faria Junior. Ele observa que, diante de um cenário aparentemente melhor para a governabilidade após a reforma ministerial na segunda-feira e com alguns sinais de melhora no quadro da covid-19 no país, como a desaceleração do número de internações em São Paulo, a moeda americana pode continuar a devolver parte do prêmio embutido ao longo das últimas semanas.

“Ainda assim, acho muito pouco provável que essa correção do dólar será muito longa”, pondera Junior. “Com o índice DXY da ICE [que mede o dólar contra uma cesta de divisas desenvolvidas] ainda em tendência de alta e esse quadro ainda bastante complicado no Brasil, acredito que uma volta a patamares como R$ 5,55 já nos deixam bastante confortáveis para voltar a comprar a moeda, que é um seguro.”

 — Foto: Pixabay
— Foto: Pixabay
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