O diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Felipe Salto, foi o convidado da live de ISTOÉ nesta sexta-feira (5). O economista fez uma análise da conjuntura econômica, tributária e fiscal brasileira, identificou os gargalos que o País precisa equacionar e traçou um possível cenário futuro.

Salto atribui a capacidade da recuperação econômica à imunização das pessoas contra a Covid-19. Ele afirma categoricamente que se o Brasil não tiver uma boa parte dos brasileiros vacinados até julho, vai se perder, economicamente, o segundo semestre, pois segundo ele, o primeiro já se foi.

“A economia não vai melhorar se não resolver a questão da saúde”, afirma.

O estudioso avaliou que a dívida pública manterá a trajetória de crescimento e que o “Brasil está numa semi-estagnação”, o que provavelmente levará o País a cair ainda mais no ranking das melhores economias do Planeta.

“Falta uma estratégia de desenvolvimento”, avalia.

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Quando o assunto é ajuste fiscal e tributário, Salto argumenta que as contradições entre a política e a economia refletem muito bem, ou mal, segundo ele, os dados da conjuntura. Na questão tributária, ele é pessimista quanto à reforma, apesar de avaliar, como urgente.

“O Brasil tem um manicômio tributário. O pacto federativo está sofrendo um abalo sísmico”, ressalta.

Especialista em contas públicas, Felipe diz que o Brasil corre o risco de passar por outra tempestade após a Covid, só que é de natureza fiscal e econômica.

“Estamos numa sinuca de bico na questão fiscal. Credibilidade é uma coisa difícil de conquistar é fácil de perder. Nesse sentido é muito importante que o governo tenha maior clareza das suas ações daqui para frente e não continue numa espécie de improviso”, conclui.


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