Se ministros muquiranas costumam ser assaltados à luz do sol em praça pública durante anos eleitorais, aquele que avisa aos quatro ventos que se tornou um perdulário vai terminar o ano, na melhor das hipóteses, nu com a mão no bolso. Foi assim que o ministro da Economia se anunciou na entrevista a Alexa Salomão e Bruno Caram, da “Folha de S.Paulo”. Enquanto os ex-presidentes do Banco do Brasil e da Petrobras, que deixaram o governo tolhidos na execução da antiga cartilha do ministro, são “liberais abstratos”, Paulo Guedes optou pela dura poesia concreta das urnas. Disse que vai ter dinheiro para os dois programas com os quais o governo pretende enfrentar o PT, um bolsa família melhorado e uma bolsa de qualificação profissional, que pode chegar a R$ 600.
No Valor desde a fundação, foi editora de política por 15 anos do jornal. Também foi editora de Política da “Gazeta Mercantil” e subeditora da revista “Veja”
O motor da polarização
Almoço de Lula e Fernando Henrique Cardoso anteviu a guinada perdulária do governo