O auxílio emergencial teve um custo próximo de R$ 20 bilhões por mês em novembro e dezembro, segundo dados levantados pelo diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) Daniel Couri.
O volume é bem menor do que o verificado no auge do pagamento desse benefício, quando ele ainda estava em R$ 600 e atingia mais de 65 milhões de famílias. Couri levantou os dados do Siafi e disse que o objetivo é evidenciar o custo dessa política porque o debate sobre sua volta está crescendo no Congresso.
“O auxílio emergencial já não custava uma Previdência como no início, mas ainda custava alguns Bolsa Famílias”, disse, apontando que, limitado no tempo e com melhor focalização, o auxílio teria um custo que pode ser fiscalmente gerenciável pelo país.
Pelos números apresentados por Couri, o gasto com auxílio foi de R$ 35,8 bilhões em abril, atingindo R$ 45 bilhões entre julho e agosto e recuando nos meses seguintes, quando o valor individual passou para R$ 300 e as regras de acesso ficaram mais restritivas.
Em novembro, somou R$ 17,8 bilhões e em dezembro, R$ 17,3 bilhões, mas devem ser somados R$ 2,5 bilhões mensais porque na prorrogação o orçamento do Bolsa Família passou a ser utilizado.