A volta do auxílio emergencial se torna cada vez mais provável, devido ao recrudescimento da pandemia e ao ritmo lento e incerto da vacinação contra a covid-19. A economia brasileira vai sofrer o golpe dessa combinação, devendo encolher no primeiro trimestre. O aumento do número de casos e mortes começa a levar a medidas mais fortes de restrições à mobilidade, como as anunciadas pelo governo de São Paulo na sexta-feira. As perspectivas para o mercado de trabalho, que já não eram das melhores, tendem a piorar, afetando o consumo das famílias. O quadro também é negativo para o investimento, dadas as incertezas sobre a vacinação e a possibilidade de que outros Estados e municípios adotem novas medidas de isolamento social, ainda que menos rigorosas do que as implementadas em março e abril do ano passado.
É editor-executivo do Valor. Em 2002, ganhou o Prêmio Citibank de Excelência em Jornalismo. Foi correspondente em Washington de 2013 a 2015
A volta do auxílio emergencial
Retorno do benefício faz sentido, em cenário de recrudescimento da pandemia e vacinação incerta, mas é preciso que seja acompanhado por medidas que enfrentem expansão das despesas obrigatórias