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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Bolsonaro e a brasa da polarização com Lula

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Por Redação
Atualização:

 Foto: Ricardo Stuckert (em cima) e Leo Mota/Folha de Pernambuco (em baixo)

Com o segundo ano do governo Jair Bolsonaro entrando na reta final, assessores e entusiastas da reeleição do presidente comemoram: ainda não surgiu uma alternativa viável eleitoralmente à extrema polarização entre ele e o PT. Pelo contrário: acham que Lula está se fortalecendo politicamente, o que atiça a brasa do antipetismo em setores da classe média. Pesquisa da Quaest Consultoria traz dados importantes: Bolsonaro venceria Lula se a eleição fosse hoje, ainda que o petista tenha se mostrado muito competitivo em todas as simulações.

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Olha só. Na simulação de segundo turno, Bolsonaro, com 37%, venceria Lula (que permanece inelegível pela Justiça), com 32%, se a eleição fosse hoje. O petista foi melhor numericamente entre os jovens, as mulheres e até entre os entrevistados que se declararam beneficiários do auxílio emergencial (37% a 35%).

Vazio. Outro dado importante: 30% dos entrevistados não escolheriam nem o presidente nem o petista. Em linhas gerais, é possível afirmar que a teoria dos três terços se aplica ao cenário eleitoral, com um deles ainda sem dono.

Dianteira. Jair Bolsonaro também lidera no cenário estimulado de primeiro turno: 26%, contra 14% de Lula, que está tecnicamente empatado com o ex-juiz Sérgio Moro, com 13%.

Será? Ou seja, se Moro se colocar como alternativa à polarização Bolsonaro versus PT, tem chances.

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Dados. A pesquisa contou com 1.000 respondentes, entre os dias 21 e 24 de setembro. A margem de erro é de 3.1 pontos porcentuais para mais ou menos.

CLICK. O ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) visitou a obra da Ponte do Abunã, sobre o Rio Madeira, que facilitará a ligação do Acre com o restante do País.

Reprodução/Instagram  

Ops. O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), pode até ser um ás da negociação política, mas deixou de fazer uma pesquisa básica. Ao citar no Twitter que Kassio Nunes Marques seria o primeiro piauiense no STF, ele ignorou três ministros do seu Estado que já estiveram na Corte no século 20.

De volta. Porém, um ministro do Piauí não faz parte do STF desde 1991, quando Aldir Passarinho se aposentou. O Piauí também esteve representado no Supremo no século 19 com outros dois ministros. Ao ser alertado por seguidores, o senador corrigiu a informação em sua rede social.

SINAIS PARTICULARES.Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e senador (PI)

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Ilustração: Kleber Sales  

Conflito... Um dos casos importantes que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) terá pela frente é a compra da Unidas pela Localiza, empresa de aluguel de carros fundada pelo ex-secretário de Desestatização da Economia, Salim Mattar.

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...de interesse? No ano passado, Mattar foi o responsável por entrevistar candidatos ao conselho do próprio Cade e ajudou Paulo Guedes na decisão pelo economista Luiz Henrique Braido, que foi nomeado por Jair Bolsonaro e deve participar do julgamento.

Dá bilhão. O negócio, se autorizado, cria uma empresa com valor de mercado de R$ 50 bilhões. Mattar deixou o governo em agosto, pouco mais de um mês antes do anúncio da fusão.

Já vi. A tentativa de mexer no pagamento dos precatórios da União não é novidade da gestão Bolsonaro. No governo Temer também se cogitou alterar regras de quitação das dívidas e foi sancionada a lei que permite ao governo resgatar precatórios depositados há mais de dois anos e não sacados pelos beneficiários.

BOMBOU NAS REDES! 

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Felipe Salto, diretor executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado. Foto: Dida Sampaio/Estadão

Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI): "Não é hora de prometer gasto novo além do necessário. Investimento federal vai florescer da noite para o dia? Isso não aconteceu nem quando havia dinheiro. Foco: equacionar o novo programa de transferência de renda cortando gasto ou aumentando receita. Não tem medida sem custo."

COM ALBERTO BOMBIG E MARIANA HAUBERT. COLABORARAM LORENNA RODRIGUES E BRENO PIRES.

Coluna do Estadão: Twitter: @colunadoestadao Facebook: facebook.com/colunadoestadao Instagram: 

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