A Instituição Fiscal Independente (IFI) acaba de divulgar a revisão de seus cenários econômicos. O órgão, ligado ao Senado, melhorou sua expectativa para a atividade econômica neste e no próximo ano. Para 2020, a projeção de queda de 6,5% agora é de -5%.
A nova projeção incorpora o conjunto de indicadores disponíveis para o segundo semestre, segundo a instituição.
“A retomada delineada nos dados da produção industrial, do nível de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação e das vendas do comércio varejista vem ocorrendo de maneira mais intensa do que era esperado pela IFI no cenário base apresentado em junho. A melhora do desempenho da atividade econômica após o choque negativo de março e abril causado pela pandemia pode ser explicada pelo efeito da flexibilização das medidas de isolamento social, do impulso da reabertura das atividades produtivas e do impacto sobre a demanda das políticas de compensação de renda”, diz a entidade em seu relatório de acompanhamento fiscal (RAF).
Para 2021, a estimativa de expansão passou de 2,5% para 2,8%. “A dúvida quanto à evolução da demanda interna após a retirada dos estímulos fiscais, em um quadro de pronunciada deterioração do mercado de trabalho, pode limitar o ritmo de recuperação da atividade no próximo ano. O mesmo efeito pode advir da piora nas condições financeiras, percebida na elevação do prêmio embutido na curva futura de juros”, aponta o documento.
Segundo a IFI, a menor contração esperada para o PIB de 2020 deve fazer com que o nível do PIB retorne ao patamar pré-pandemia em 2022. “Após a recuperação de 2021, o crescimento do PIB deve desacelerar gradualmente para 2,6% em 2022 e para 2,3% no médio prazo”, diz o órgão.