Política
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Por Lu Aiko Otta, Valor — Brasília


Insatisfeitos com o programa federal de ajuda a Estados e municípios aprovado pelo Senado no sábado, secretários estaduais de Fazenda negociam alterações no texto com os deputados. A tendência, porém, é que as mudanças sejam tratadas em outro projeto de lei. O receio é que as alterações atrasem ainda mais o repasse de recursos do Tesouro a governadores e prefeitos.

Há previsão para o programa ser votado na Câmara dos Deputados ainda nesta segunda-feira. Antes, porém, os deputados analisarão a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra. Como o tema é complexo, é possível que a apreciação da ajuda aos Estados e municípios seja adiada.

O programa já havia sido aprovado pela Câmara, mas, por ter sido modificado no Senado, passará por outra análise dos deputados.

Quadro da Câmara na votação do projeto de socorro aos Estados e municípios  — Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados
Quadro da Câmara na votação do projeto de socorro aos Estados e municípios — Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

As alterações introduzidas pelo Senado reduziram o valor dos repasses em R$ 23,7 bilhões, em comparação à versão aprovada pela Câmara, diz nota divulgada nesta segunda-feira pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). Das perdas, 80% ficaram com os Estados.

O cálculo foi feito com base em estimativas da Instituição Fiscal Independente (IFI) para um cenário de queda de 30% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O Comsefaz acredita que a queda chegará a 40%.

O texto originalmente aprovado pela Câmara previa que o governo federal asseguraria aos Estados e municípios os mesmos níveis de arrecadação observados em 2019. Para tanto, utilizaria recursos do Tesouro.

Essa fórmula desagradou ao governo, que viu nela um “cheque em branco” e negociou alterações no Senado. Com as modificações, o projeto passou a contemplar um valor fixo para a ajuda: R$ 60 bilhões em transferências e mais R$ 60 bilhões em suspensões e renegociações de dívidas. Pela versão da Câmara, seriam R$ 83,7 bilhões em transferências.

No domingo, o Comsefaz divulgou nota afirmando que a ajuda, tal como aprovada pelo Senado, é insuficiente para fazer frente à queda de receita e às novas despesas em função da pandemia.

Os secretários de Fazenda criticam também o fato de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), relator da proposta, haver apresentado dados sobre a suspensão de dívidas que contemplam pagamentos por outros motivos que não a nova lei. Por exemplo, a suspensão de pagamentos pelo Rio de Janeiro, incluído no Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Os secretários de Fazenda discordaram também da fórmula de divisão dos recursos: 60% para os estados e 40% para os municípios. Hoje, a divisão do bolo do ICMS e do ISS é 67% para Estados e 33% para os municípios.

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