A discussão sobre flexibilizar o teto de gastos ganha força, num momento em que as restrições orçamentárias escancaram a forte compressão dos investimentos e das despesas para manter o funcionamento mínimo da máquina pública. Entre os economistas, porém, ainda há divergência considerável: embora alguns especialistas considerem que uma mudança já é inevitável e outros defendam que a alteração deva ficar para depois da adoção de medidas mais firmes do controle de despesas obrigatórias, há especialistas que seguem contrários à flexibilização do mecanismo. Aprovado no fim de 2016 e em vigor desde o ano seguinte, a regra estabelece um ajuste do gasto não financeiro da União pela inflação acumulada nos 12 meses até junho do ano anterior.
Debate ganha força, mas mudança ainda é controversa
Por Thais Carrança e Sergio Lamucci, De São Paulo — Valor