O presidente da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, afirmou nesta terça-feira que o cenário fiscal do país melhorou, mas permanece crítico. “A continuidade depende da agenda pós-Previdência, principalmente do controle de gastos com pessoal”, disse ele, no evento ‘Correio Debate: Desafios para 2020’, em Brasília.
A principal proposta do governo para controlar os gastos com o funcionalismo é a reforma administrativa, que teve seu envio ao Congresso adiado para o ano que vem.
Salto destacou que as propostas de emenda à Constituição (PEC) Emergencial e do Pacto Federativo, já entregues ao Congresso, podem favorecer que os ganhos alcançados nos últimos anos em termos fiscais se perpetuem. “Ajuste não pode se dar só nas despesas discricionárias”, afirmou.
Estudo da IFI mostra que, no cenário atual, o teto de gastos deve ser rompido em 2021. Com o acionamento dos gatilhos fiscais, avalia, o gasto com pessoal pode cair de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,3% em 2030.
“Se não superarmos obstáculo fiscal não haverá crescimento por meio de política estimulativa.”