IFI reduz projeção de crescimento do PIB de 2,3% para 1,8% em 2019

Revisou projeção da Selic

Só podem aderir ao Plano de Equilíbrio Fiscal Estados com nota C na escala que considera a sua capacidade de pagamento
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A Ifi (Instituição Fiscal Independente) publicou nesta 4ª feira (15.mai.2019) 1 relatório no qual revisa a projeção de crescimento do PIB (Produto Imposto Bruto) deste ano de 2,3% para 1,8% e a taxa básica de juros, a Selic, de 8,0% para 6,5% ao ano.

Eis a íntegra documento.

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Segundo o instituto vinculado ao Senado, o revisão do crescimento no curto prazo se deve à “fraqueza da atividade econômica no período recente” principalmente na indústria.

“O segmento extrativo sofreu o impacto do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho/MG, em janeiro, enquanto o segmento de transformação tem sofrido os efeitos do enfraquecimento da demanda argentina, principal parceiro comercial brasileiro na indústria, além da dinâmica mais fraca da demanda doméstica”, afirma.

Em relação ao varejo, a Ifi condiciona o baixo crescimento às “condições ainda desfavoráveis do mercado de trabalho” impedindo a recuperação do consumo de bens e serviços no Brasil.

Já a mudança da previsão da taxa de juros é atribuída ao “comportamento benigno da inflação e da ociosidade no emprego de fatores de produção”.

Eis a tabela de projeções:

Os cenários avaliados pela instituição consideram 3 pontos: impacto fiscal da aprovação da reforma da Previdência, melhoria do ambiente de negócios do país e a relação do crescimento econômico chinês, guerra comercial com os Estados Unidos e desaceleração do crescimento da economia mundial.

Indicadores fiscais

No relatório, a instituição revisou também a previsão de que o deficit primário seja revertido. No cenário base, prevê que o caixa do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) só alcançará resultado positivo em 2026.

Apesar de 1 crescimento “tímido” das receitas primárias, a Ifi avalia que a meta fiscal deste ano –deficit de R$ 139 bilhões– será cumprido.

Em relação ao teto de gastos, determinação constitucional que limita as despesas da União, há alto risco de descumprimento em 2022, “condição que persistirá até 2030”.

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