Publicidade

resumo da semana

Governo acena com FGTS e reforça aposta em Eduardo embaixador

Pablo Jacob

Acompanhe um resumo da semana, com os links:

FGTS — o governo deve liberar o saque de contas do FGTS. O anúncio é esperado para a semana que vem. Há várias opções colocadas sobre a mesa. A indústria da construção reclamou da medida, temendo que a fonte de financiamento fique prejudicada. O governo prometeu atender o setor e o anúncio foi adiado para a semana que vem. Em 2017, o governo Temer havia liberado o saque de contas inativas. O saldo no PIS/Pasep também poderá ser sacado pelo trabalhador.

ATIVIDADE — a economia cresceu 0,54% em maio, a primeira alta do ano no IBC-Br, indicador do Banco Central. Economistas, no entanto, não acham que o dado marque a retomada do crescimento. No mês, a indústria encolheu 0,2%, os serviços ficaram estáveis e o comércio subiu 0,2%. O IBC-Br ainda considera o resultado da agropecuária e o recolhimento de impostos sobre a produção. Em um ano ano, o indicador sobe 1,31%. O desempenho nesses cinco meses de 2019 é pior, avanço de 0,94%.  

REFORMA DIVERGENTE — o governo estima que o texto aprovado em primeiro turno na Câmara vai gerar uma economia de R$ 914,3 bilhões. É um número bem maior que os R$ 714 bi estimados pelo IFI, o Instituto Fiscal Independente do Senado. O segundo turno da reforma será votado em agosto na volta do recesso parlamentar, que começa esta semana. O governo ainda estima que o aumento de receita com a elevação da CSLL sobre bancos vai garantir mais R$ 19,2 bi em uma década.

REFORMA TRIBUTÁRIA — a equipe começa a falar em um tributo sobre pagamentos, cobrado em cada movimentação. Lembra uma CPMF, o que é negado pela área econômica. A nova versão substituiria alguns impostos e seria recolhida de quem paga e de quem recebe. O presidente negou que a CPMF voltará e afastou a possibilidade de criar um novo imposto. No Congresso, tramitam duas propostas de parlamentares com objetivo de unificar impostos semelhantes. O debate sobre a reforma tributária vai ganhar espaço no segundo semestre.

TOFFOLI SUSPENDE — o presidente do STF suspendeu todos os processos judiciais que tenham dados bancários em detalhados compartilhados pelo Coaf sem autorização da Justiça. A decisão foi monocrática, não foi do plenário. Dias Toffoli atendeu a um pedido da defesa de Flavio Bolsonaro, envolvido em investigações sobre funcionários de seu gabinete quando era deputado estadual. A decisão coloca em risco todas as operações contra corrupção e até o combate a grupos violentos, como as milícias.

EDUARDO BOLSONARO — o presidente reforçou em diversas oportunidades na semana a indicação de seu filho para ocupar a embaixada brasileira nos EUA, em Washington. Disse que outros embaixadores “não fizeram nada de bom” pelo país e que Eduardo conhece Donald Trump, acreditando que ele terá acesso ao presidente dos EUA. O nome de Eduardo foi apresentado aos americanos e a diplomacia aguarda o agrément. O passo seguinte seria enviar a indicação ao Senado, que terá a palavra final. Eduardo defendeu sua indicação argumentando que fala inglês e que morou nos EUA. Bolsonaro reconheceu que pretende beneficiar seu filho, sim. Na Cúpula do Mercosul, Bolsonaro levou Jair Renan, seu filho de 20 anos, e o apresentou como o ‘embaixador mirim”.

MERCOSUL — o Brasil assumiu a presidência do bloco durante a 54ª Cúpula, esta semana. Após o acordo com a União Europeia, o desafio é derrubar barreiras e tarifas dentro do bloco. O presidente Bolsonaro lembrou que o açúcar brasileiro e os automóveis ainda não estão na união aduaneira. No caso dos carros, o que excede a cota entre os países paga 35% de imposto.

BNDES — o novo presidente do BNDES assumiu o cargo esta semana. Gustavo Montezano tem como missão devolver recursos ao Tesouro, destravar as privatizações, formular estudos de viabilidade em obras de infraestrutura, abrir a caixa-preta do banco e vender participações em empresas. Ele calcula que o banco pode levantar mais de R$ 100 bilhões negociando no mercado as ações que detém de diversas companhias. Montezano destacou que a economia “está em colapso”, com “30 milhões de desempregados” e que o banco tem uma missão social. Ele também terá que lidar com a crise no Fundo Amazônia, cuja gestão é feita pelo BNDES. Os principais financiadores, Alemanha e Noruega estão revisando seu apoio aos projetos após o governo avisar que mudará a governança do fundo.

TRUMP — o presidente americano atacou um grupo de deputadas democratas com frases consideradas racistas. Donald Trump defendeu que as parlamentares, que têm ascendências árabe, hispânica e africana, “voltassem a seus países de origem” porque elas “odeiam” os EUA. Trump negou a acusação e disse que não tem “não tem um único osso” racista em seu corpo.

 


 

Leia também