Na Agrishow, especialistas apontam que "sem a Reforma da Previdência, Brasil vai quebrar”

Na Agrishow, especialistas apontam que "sem a Reforma da Previdência, Brasil vai quebrar”

Painel sobre o tema foi realizado na manhã desta terça-feira, 30, em Ribeirão Preto

Para especialistas do Governo nacional, se não houver a Reforma da Previdência no Brasil, o país quebrará e dificilmente se recuperará depois. Em um painel sobre o tema, realizado na manhã desta terça-feira, 30, na Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow –, autoridades, empresários e economistas participaram de um bate-papo.

O economista Felipe Salto, do Instituto Fiscal Independente, aponta que a dívida pública é semelhante a 80% do PIB atual do Brasil e que ela cresce sem parar. “A principal dispensa é a previdência e os salários dos serviços públicos. Estamos nos tornando um país velho graças à boa saúde e metade do orçamento é destinado aos salários e às aposentadorias. Desde 2009, as receitas estão estabilizadas e as contas aumentam. Esse problema de déficit não vai ser resolvido da noite para o dia, mas com a reforma, é mais fácil igualar os valores”.

Felipe Salto e Leonardo Rolim falaram sobre a situação antes de uma possível reforma Já o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, explica que a população idosa daqui a 40 anos será três vezes maior, o que faz com que haja uma pressa para a reforma. “A nova previdência é formada por quatro medidas administrativas. A primeira é combater as fraudes, que de fato acontecem. A segunda é que os militares não vão ficar de fora e terão que contribuir. O terceiro é a cobrança da dívida ativa, mas que não é suficiente. Por fim, é a PEC 06/2019, que tem medidas como quem ganha mais, vai pagar mais e que todos terão de contribuir para equilibrar a previdência. Com isso o sistema melhora. Se não houver a reforma, o crescimento vai ser insustentável. Os resultados esperados em relação aos municípios representa uma redução de despesas significativas. Os municípios precisam da mudança. Vai ser a principal medida com efeito fiscal”, concluiu.

Miami brasileira

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gustavo Junqueira, esteve na reunião e comparou Ribeirão Preto com a cidade de Miami, nos Estados Unidos. “Agora é a hora de colocar os pés no chão e traçarmos um planejamento de longa duração. Ribeirão é nova, desenhada, planejada e, como ela, devemos pensar e planejar o País com uma grande riqueza nos campos”.
Gustavo Junqueira ve Ribeirão Preto com bons olhos
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, João Carlos Marchesan, falou que esse é o momento de mudar. “Temos esperança de que as coisas vão acontecer. O problema tributário é ruim. As empresas perdem, pois não há um sistema simples. Temos que aprovar o mais rápido possível. Temos que simplificar o Brasil. A reforma passa por isso. É o começo para fazer o equilíbrio fiscal. Com a reforma, os investidores voltam e o País retorna ao crescimento”.

Por fim, Gilberto Perre, secretário executivo da frente nacional de prefeitos, falou que os prefeitos das principais cidades do Brasil apoiam a reforma. “Na diretoria nós temos as principais cidades do Brasil. Em contato, os prefeitos concordam na simplicidade do sistema para que os municípios consigam sobreviver, pois neste momento as cidades não têm condições.  É uma reforma apoiada”, finalizou. 


Fotos: Pedro Gomes

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