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Fim da aposentadoria do INSS por tempo de serviço gera 52% a mais na Reforma da Previdência Social

Fim da aposentadoria do INSS por tempo de serviço gera 52% a mais na Reforma da Previdência Social. O fim da aposentadoria apenas por tempo de contribuição responderá por metade da economia no INSS prevista com a reforma da Previdência. Segundo estudo divulgado nesta segunda-feira pela Instituição Fiscal Independente (IFI), as regras mais rígidas , que incluem o estabelecimento de uma idade mínima de aposentadoria, farão com que o governo economize R$ 352,1 bilhões nos próximos dez anos. O valor equivale a 52% do total de R$ 670,9 bilhões que devem ser poupados com as novas regras no regime geral.

A projeção da IFI é mais conservadora que a da equipe econômica, que espera economizar R$ 715 bilhões só com as mudanças no regime do INSS. Ao todo, o governo projeta economia de R$ 1 trilhão na próxima década, valor que inclui o que deixará de ser gasto com o sistema dos servidores, ainda não calculado pelos economistas.

Essa é a primeira estimativa que detalha os efeitos de cada proposta da reforma da Previdência. Esse detalhamento tem sido cobrado por parlamentares, mas só deve ser divulgado pelo governo quando o projeto chegar à Comissão Especial. De acordo com a IFI, depois do aperto na aposentadoria por tempo de contribuição, o segundo maior impacto virá das mudanças na aposentadoria por idade, que chegará a R$ 143,4 bilhões em uma década. Completam o detalhamento as novas regras da pensão por morte (R$ 100,1 bilhões) e aposentadoria por invalidez (R$ 75,1 bilhões). 



As alterações no regime geral do INSS são as que geram maior impacto porque é lá que estão a maioria dos beneficiários. São 30,3 milhões de beneficiários e 4,8 milhões de clientes de programas assistenciais, totalizando 35,1 milhões de segurados no sistema. “A dinâmica do regime, sob a legislação vigente, tende a gerar pressões crescentes sobre o gasto público federal”, destaca o estudo da IFI. Fonte Jornal Extra

Golpistas se passam por agentes do Minha Casa, Minha Vida para enganar pessoas em Belém em 2019

“Porque tem gente morando no meu apartamento?”, questiona uma das vítimas de um estelionatário que se passava por integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida e enganou mais de 300 famílias em Belém. A Polícia Civil está procurando os suspeitos, mas até esta sexta-feira (12) não conseguiu prendê-los.

Uma das vítimas conta que percebeu que algo estava errado apenas quando tentou entrar no apartamento que acreditava que tinha comprado. “Quando nós chegamos lá que eu interfonei. Eu falei: ‘bom dia, moça! você é do pessoal da vistoria?’ Aí ela falou: ‘não, eu sou moradora’. eu falei: ‘como moradora?’ Ela disse: ‘eu já moro aqui há um tempo. E quem é você?’ Eu falei: ‘não, moça, desculpa aí’.”

A vítima assinou um contrato falso pensando que estivesse dando entrada num funanciamento do programa Minha Casa, Minha Vida, da Caixa Econômica Federal. Ela afirma que pagou R$ 5 mil reais para uma estelionatária que se passava por funcionária do banco.

Após perceber o crime, ela ainda ligou para a suspeita. “Eu falei: Que palhaçada é essa que você tá fazendo comigo? Que chave é essa que você me deu? Porque já tem gente morando nesse apartamento. Só me fala que palhaçada é essa. Aí ela falou: ‘calma, calma, calma que eu vou resolver. Eu já tô voltando e já vou resolver pra você’. E de lá pra cá… sumiu!”, conta.

Outra vítima comprou três apartamentos, pois, queria ajudar a família e perdeu mais de R$ 19 mil reais. “Virou um pesadelo, né? foi um dinheiro que eu perdi. Entendeu? Ela dizia que ia me dar, que ia me devolver tudo, só que ela sumiu”, conta.

Duas mulheres são indicadas pelas vítimas como líderes do grupo. Elas ofereciam facilidades de pagamento e procedimentos sem burocracia.

De acordo com a Divisão de Investigação e Operações Especiais (Dioe), em Belém, a unidade nunca recebeu tantas denúncias num só tempo. “Elas anunciavam na internet, a venda desse empreendimento pelo projeto minha casa minha vida. E a partir de então, um foi indicando o outro, né? Famílias inteiras caíram nesse golpe. O pai passou para o filho, o filho pro irmão, e assim foi. Vizinhos também”, conta Neyvaldo Silva, diretor da unidade.

Um homem que chegou a ser convidado a mediar as negociações, diz que também foi enganado e que o grupo agiu por mais de dois anos.

De acordo com a Polícia, as golpistas receberam mais de R$ 1 milhão de reais com as vendas dos apartamentos, que já tinham donos e a recomendação dos investigadores é para que a população desconfie do que parece fácil demais.

“É a facilidade que a gente tem que desconfiar. No projeto “Minha Casa, Minha Vida” tem que preencher uns requisitos. Não é feito na rua, em residência. Desconfiar sempre seria o melhor caminho”, recomenda Neyvaldo Silva.

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