Se não mudar

Brasil será o país que mais tributa empresas no mundo em 2019

Caso novo governo não siga tendência mundial, brasileiros irão pagar a maior alíquota no planeta

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
O presidente eleito Jair Bolsonaro e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, já adiantaram que pretendem rever carga tributária no país.
O presidente eleito Jair Bolsonaro e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, já adiantaram que pretendem rever carga tributária no país.

Levantamento foi feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o Brasil deve se tornar em 2019 "líder" do grupo de países com a maior alíquota de imposto sobre o lucro das empresas em todo o mundo.

A França lidera o ranking com taxas que vão a 34,4%. A alíquota que incide sobre o lucro das empresas no Brasil é de 34%.

A carga tributária no Brasil está sendo debatida em estudo especial elaborado pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal. Seus resultados devem ser divulgados em breve e podem ajudar o futuro governo a tomar medidas que miúdem este cenário.

Vários países já derrubaram suas alíquotas. Caso da Irlanda, que jogou suas quotas para 12,5%. A própria França já coloca em prática um projeto do presidente Emmanuel Macron, que prevê queda dos atuais 34,4% para 25% até 2022.

Os Estados Unidos foram o lugar em que a derrubada da alíquota do Imposto de Renda cobrado das empresas foi mais abrupta. Com Trump a taxa caiu de 35% para 21%.

A expectativa é que o Brasil siga a política de Trump. “A grande dúvida é se o time de Paulo Guedes vai compensar total ou parcialmente tributando dividendos na pessoa física ou limitando os juros sobre capital próprio”, disse Rodrigo Orair, especialista no tema e diretor da IFI.

A equipe econômica do governo Temer chegou a elaborar uma proposta de mudança, mas não houve tempo de enviar ao Congresso. “O tempo acabou e não tivemos ambiente político para encaminhada essa discussão. Agora cabe ao próximo governo”, diz Eduardo Guardia, ministro da Fazenda. Segundo ele, a proposta foi apresentada à equipe de Paulo Guedes, seu sucessor no cargo.

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