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Por Thais Carrança, Valor — São Paulo


A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, revisou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 e 2018, de 0,46% para 0,7% e de 1,96% para 2,3%, respectivamente.

“O ajuste para cima é justificado pela incorporação do resultado positivo do segundo trimestre e também pelo desempenho dos indicadores econômicos de alta frequência, com destaque ao volume de vendas no varejo ampliado e à produção industrial, que apontam, em conjunto, para elevação moderada da atividade produtiva no terceiro trimestre (estimada em 0,2% na margem)”, diz a instituição, em seu Relatório de Acompanhamento Fiscal de outubro.

Segundo a IFI, o dado negativo da produção industrial de agosto (uma queda de 0,8% na comparação mensal ajustada), isoladamente, não altera essa visão. Novo protagonista no processo de retomada da economia, o consumo das famílias é projetado em alta de 0,8% este ano, com o consumo do governo (-1,7%) e investimentos (-2,8%) ainda em queda. No ano que vem, os três componentes da demanda interna são estimados no azul, com destaque para a Formação Bruta de Capital Fixo, projetado em alta de 4,5% em 2018.

Quadro fiscal

Segundo o economista Felipe Salto, diretor-executivo da IFI, as perspectivas de maior crescimento econômico neste e no próximo ano levarão a melhores resultados fiscais recorrentes. “Persiste, no entanto, o desafio de reequilibrar as contas públicas a médio e a longo prazo”, alerta.

Diante da revisão do quadro macroeconômico, o cenário fiscal atualizado da IFI é de um déficit primário de R$ 154 bilhões para o resultado consolidado e de R$ 155,2 bilhões para o governo central, ante R$ 155 bilhões e R$ 156,2 bilhões na atualização anterior, de agosto.

“A combinação de um pouco mais de crescimento com maior volume esperado de receitas não recorrentes (de R$ 74,6 ante R$ 70,3 bilhões) contribui para o avanço da receita líquida em R$ 5 bilhões”, diz o IFI. Essa melhora de receitas não chegou em igual proporção ao resultado primário, no entanto, devido à redução no volume de recursos bloqueados ou contingenciados, de R$ 38,9 bilhões para R$ 35 bilhões.

As projeções do cenário básico da IFI indicam déficits de 2,3% do PIB no final de 2017, e de 2,2% do PIB em 2018. “Ou seja, o cenário atual caracteriza-se pela estabilização do resultado primário em patamar elevado de déficit (ou, no máximo, queda em velocidade muito lenta), ainda sem indícios mais contundentes de recuperação”, observa a organização.

Dívida

A IFI revisou suas projeções para a trajetória da dívida pública, à luz das mudanças dos parâmetros macro. No cenário básico da instituição — que prevê a continuidade do processo de reformas estruturais, mas em prazo mais dilatado — o ponto máximo da série ocorreria em 2025 (93,5% do PIB), iniciando-se então o período de redução da relação entre dívida bruta do governo geral e PIB.

No cenário pessimista, sem reformas, a dívida bruta poderia superar a marca de 100% do PIB entre 2020 e 2021. “Trata-se de um cenário inquietante, porém distante de ser absolutamente improvável. Para ser evitado, exigirá a preservação e o aprofundamento da agenda de ajuste fiscal”, reforça a instituição.

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