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Conjuntura

- Publicada em 11 de Dezembro de 2017 às 19:27

Mercado volta a prever inflação abaixo da meta

O mercado financeiro voltou a prever inflação abaixo do piso da meta para este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,03% para 2,88%. Em setembro, as instituições financeiras também projetaram inflação abaixo da meta. A estimativa consta do boletim Focus, publicação divulgada no site do Banco Central (BC) todas as semanas com projeções para os principais indicadores econômicos.
O mercado financeiro voltou a prever inflação abaixo do piso da meta para este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,03% para 2,88%. Em setembro, as instituições financeiras também projetaram inflação abaixo da meta. A estimativa consta do boletim Focus, publicação divulgada no site do Banco Central (BC) todas as semanas com projeções para os principais indicadores econômicos.
A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro 4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando a inflação fica fora desses patamares, o BC tem que elaborar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do descumprimento da meta. Se a estimativa se confirmar, será a primeira vez que a meta será descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015.
Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que, de janeiro a novembro, o IPCA - inflação oficial do País - chegou a 2,5%, o menor resultado acumulado em 11 meses desde 1998 (1,32%). Para 2018, a projeção do mercado financeiro para o IPCA é mantida em 4,02%, há duas semanas consecutivas.
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 7% ao ano, o menor nível histórico. Na última quarta-feira, a Selic foi reduzida pela 10ª vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuiu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 7,5% ao ano para 7% ao ano.
A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2018 segue em 7%. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, subiu de 0,89% para 0,91%, neste ano, e de 2,60% para 2,62% em 2018.
Apesar do avanço firme do dólar nos últimos dias, o Relatório Focus mostrou que a projeção para a cotação da moeda norte-americana no fim de 2017 seguiu em R$ 3,25. No caso de 2018, a projeção dos economistas para o câmbio no fim do ano permaneceu em R$ 3,30.
Os economistas do mercado financeiro reduziram suas projeções para a balança comercial em 2017. A estimativa de superávit comercial neste ano foi de US$ 66 bilhões para US$ 65,66 bilhões da última semana para esta, ante US$ 65 bilhões de um mês antes.
O mercado alterou a projeção de rombo nas contas externas em 2018, de US$ 28,10 bilhões para US$ 28,35 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 30 bilhões. Neste caso, a previsão do BC é de déficit em conta de US$ 30 bilhões em 2018.
Focus - Projeção Semanal

IFI e Ibre elevam a projeção do Produto Interno Bruto brasileiro para 1% em 2017

A exemplo de parte do mercado, a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal também passou a apostar que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá ter um crescimento mais próximo de 1% em 2017. Até então, a projeção da entidade era de uma expansão da economia em 0,7% neste ano, agora com viés de alta.
O Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF), divulgado nesta segunda-feira, aponta que o efeito carregamento do PIB até o terceiro trimestre do ano já é de 0,97%. "As simulações iniciais da IFI apontam crescimento do PIB mais próximo de 1,0% em 2017, considerando elevação moderada de 0,2% no quarto trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior", avaliou a instituição.
Com uma maior recuperação da atividade econômica e o aumento de receitas não recorrentes, o RAF de dezembro também considera ser possível que o déficit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) seja menor que os R$ 155,2 bilhões previstos pela entidade. A meta fiscal deste ano autoriza um rombo de até R$ 159 bilhões nessa conta. "A arrecadação com os programas de parcelamento (antigos e novos) alcançou R$ 26,6 bilhões, acima das nossas expectativas", reconhece o IFI.
Segundo a instituição, o déficit do setor público consolidado em 2017 também deve ficar abaixo da meta de resultado negativo de R$ 163,1 bilhões. "Isso porque estados e municípios (inclusive suas empresas estatais) apresentam superávit de R$ 19,4 bilhões no acumulado de janeiro a outubro, bastante acima de sua meta anual de déficit de R$ 1,1 bilhão", acrescentou o relatório.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) também revisou sua projeção para o crescimento do PIB de 2017 de 0,9% para 1,0%. Para 2018, a projeção é que a atividade econômica avance 2,8%.
Os dados foram citados pela pesquisadora Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre. A economista chamou atenção para o peso do PIB agropecuário no movimento do PIB. Nos cálculos do Ibre/FGV, a agropecuária crescerá 12,3% no PIB de 2017.
Com isso, nas contas apresentadas por Silvia, o PIB de 2017 avançaria apenas 0,4%, caso o efeito da agropecuária fosse excluído. Como a FGV estima queda de 2,0% no PIB agropecuário do ano que vem, o crescimento da atividade em 2018 seria de 3,0%, se esse componente da oferta fosse excluído.
Segundo a pesquisadora, haverá ligeira melhora na taxa de desemprego, e o consumo das famílias seguirá crescendo em 2018. O processo eleitoral seguirá como fonte de incerteza. "A grande preocupação, hoje, é ver a recuperação do investimento", afirmou Silvia, em seminário de análise de conjuntura promovido pelo Ibre/FGV no Rio de Janeiro.
O cenário para 2018 traçado por Silvia inclui uma preocupação com a questão energética. Por causa dos baixos níveis das hidrelétricas, o crescimento da demanda no próximo ano tenderá a elevar preços de energia elétrica.
Nesse quadro, com a demanda ainda reprimida, o Ibre/FGV projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) baixará a taxa básica de juros (Selic, hoje em 7,0% ao ano) para 6,75%, mas com perspectiva de elevação, ainda em 2018, para 7,25%. A dúvida, segundo Silvia, é se, diante de uma demanda um pouco mais aquecida, o ajuste na política monetária será feito ainda em 2018 ou no início de 2019.
 

Organização das Nações Unidas revê para cima o crescimento do Brasil para o ano que vem

A Organização das Nações Unidas (ONU) reviu para cima a projeção de crescimento da economia brasileira, e agora estima uma expansão de 2% em 2018 e um crescimento de 0,7% neste ano. As novas projeções, apresentadas pela entidade nesta segunda-feira, ainda revelam que o desempenho da economia nacional ganhará força em 2019, com um crescimento de 2,5%.
Em meados do ano, a entidade estimava que a alta seria de 1,6% para 2018. Mas a certa estabilidade obtida nos últimos meses fez os economistas da ONU elevarem a projeção. Para 2017, os números também apontam para um aumento de 0,1 ponto percentual em comparação aos dados de meados do ano.
Entre as maiores economias do mundo, a revisão do crescimento do Brasil é a maior, ao lado da Rússia. Na América Latina, a projeção é de um crescimento de 2% em 2018, mesma taxa registrada para a zona do euro. Nos Estados Unidos, a expansão será de 2,1% no ano que vem.
Apesar da expansão, a taxa projetada pela ONU é inferior à média indicada pelos economistas, recolhida pelo Banco Central. Segundo a instituição, a projeção nacional é de crescimento de 2,5% em 2018.
Ainda assim, o crescimento brasileiro dá um ponto final, segundo a ONU, a um período de forte queda na economia nacional. Em 2015, a contração foi de 3,8%, contra uma queda de 3,6% no ano seguinte.
A economia global, segundo o levantamento da Organização das Nações Unidas, terá um crescimento de 3% em 2017, taxa que será mantida para os anos seguintes (2018 e 2019). O estudo da ONU também revisou para cima o PIB mundial deste ano, com uma elevação de 0,3 ponto percentual.