Aumento do BPC custará R$ 25,6 bilhões, diz IFI

Supera os R$ 20 bilhões previstos

Covid-19 levará a piora de contas

Estímulo econômico é permitido

O diretor da IFI, Felipe Salto, concedeu entrevista no estúdio do Poder360 em 16 de agosto de 2019
Copyright Sérgio Lima/Poder360 - 16.ago.2019

A Instituição Fiscal Independente estima que, no pior cenário, o gasto extra com o BPC (Benefício de Prestação Continuada) ficará em patamar bem superior aos R$ 20,1 bilhões previstos inicialmente. O relatório de acompanhamento fiscal será divulgado às 15h de hoje (16.mar.2020).

O Congresso derrubou na semana passada o veto do presidente Jair Bolsonaro à mudança de critérios que permite a ampliação do número de beneficiados. O TCU segurou o aumento por ora.

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ESTÍMULO É CONSTITUCIONAL

O diretor-executivo da IFI, Felipe Salto, diz que o governo pode ampliar gastos para mitigar os efeitos da pandemia de covid-19 sem ferir o teto.

O parágrafo 3º do artigo 167 da Constituição permite crédito extraordinário em casos de calamidade pública. Esse gasto extra pode se dar por meio de endividamento da União.

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Salto defende que eventuais recursos extras sejam direcionados à saúde e à renda dos mais pobres, pelo seguro desemprego ou bolsa família, entre outras possibilidades.

É importante que seja 1 aumento provisório, do contrário haverá aumento de juros no longo prazo, que será  ruim para a economia”, disse Salto ao Poder360.

Com a pandemia, haverá piora nas contas por queda na receita de tributos, nos royalties de petróleo e no provável adiamento da privatização da Eletrobrás.


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