Política
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE

Por Raphael Di Cunto e Marcelo Ribeiro, Valor — Brasília


Pela primeira vez desde a criação do teto de gastos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não descartou a possibilidade de revê-lo e afirmou nesta quinta-feira que o ideal era que isso ocorresse só depois da reforma administrativa do Estado, mas que consultará economistas e o governo sobre se essa pode ser uma saída para a crise.

 — Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados
— Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Maia também sugeriu que outra forma de ampliar investimentos e programas sociais do governo seja prorrogar o decreto de calamidade pública em razão da covid-19 até 2021, o que também prorrogaria a vigência do “Orçamento de Guerra”, que permite ao governo ignorar regras fiscais (como o teto de gastos) para combater a doença causada pelo novo coronavírus.

Maia não defendeu abertamente essas saídas, mas disse que são questões que precisam ser avaliadas.

“Vai ampliar o decreto de calamidade por mais algum período para a PEC da Guerra poder ser usada? Qual o melhor caminho? De onde é que vai ter o dinheiro para a gente fazer a retomada no próximo ano?”, questionou, ao participar de live com os economistas da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

Ele afirmou que as empresas vão perder receita por causa da crise, que os Estados estão com as contas quebradas e que as famílias brasileiras não têm poupança interna. Segundo Maia, projetos votados no Congresso, como a lei do gás, o marco legal do saneamento básico e a reforma tributária serão importantes, mas não resolvem no curto prazo.

Questionado pelos economistas da IFI sobre mudanças no teto de gastos, Maia, que sempre descartou de pronto qualquer mexida, dessa vez ponderou que o ideal era só fazer isso após uma reforma administrativa para diminuir o crescimento das despesas correntes “porque a partir daí você teria espaço para discutir de forma clara e com cuidado qual o limite do teto”, se deve excluir os investimentos ou restringir todas as despesas, como é hoje.

Maia disse que essa discussão sobre mexer no teto de gastos antes do prazo “é difícil” para ele, mas que a reflexão sobre qual o caminho para viabilizar a saída do Brasil da crise deve ser debatida pelo Congresso, governo, sociedade e especialistas em conjunto. “Por enquanto, prefiro aguardar, ouvir, aprender com os economistas para depois formar uma opinião sobre qual vai ser o melhor caminho para sair da crise”, comentou.

Ele ainda brincou que, para um deputado que se considera de centro-direita, o discurso mudou muito desde a pandemia. “Se você me falasse em fevereiro que eu ia defender o que estou defendendo hoje, eu ia te falar que você estava ruim da cabeça. Mas a realidade mudou”, disse.

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

O comunicado sai após o fechamento dos mercados, portanto a sessão de hoje tende a ser de cautela entre os ativos locais

Dólar e juros futuros sobem seguindo exterior e com investidores de olho no Copom; Ibovespa zera perdas

Os estoques americanos de petróleo cru caíram 1,362 milhão de barris na semana encerrada na úlitma sexta-feira (3), de acordo com dados do Departamento de Energia (DoE)

Estoques de petróleo dos EUA caem mais que o esperado na semana passada

A Oppo está entre os cinco maiores fabricantes de smartphones do mundo

Multi fabricará celulares da chinesa Oppo no Brasil; Magalu será canal de venda

Só nos quatro primeiros meses deste ano, 4,3 milhões de pessoas tiveram dengue

Cenário de mortes por dengue pode piorar com desastre no RS, dizem municípios

"A linha de crédito terá forte subsídio para que empresas rurais e urbanas possam se reerguer", disse o ministro

Linha de crédito para reconstrução do RS será diferente para pequenos e grandes empresários, diz Costa

A maior parte dos prejuízos concentra-se no setor habitacional — R$ 3,4 bilhões, com 99,8 mil casas danificadas ou destruídas

Municípios do RS somam mais de R$ 4,6 bilhões em prejuízo com enchentes, diz CNM

Impacto direto mais forte ocorrerá em um primeiro momento na agricultura, diz Rodolfo Margato

Chuvas no Rio Grande do Sul podem tirar até 0,3 ponto percentual do PIB, diz XP

Uma das propostas facilitar a suspensão da dívida de Estados com a União em situações semelhantes à do Rio Grande do Sul

Estamos trabalhando em várias frentes, diz Haddad sobre situação no Rio Grande do Sul

Tomar crédito tributário e recuperar os impostos embutidos nos empréstimos são propostas, inéditas no mundo, para as companhias

Medida da reforma tributária pode reduzir spread em crédito a empresas, diz Febraban

Desde o primeiro ano da guerra a Rússia adotou medida similar, garantido aos presos a possibilidade de servir ao exército russo em troca de redução de pena

Ucrânia aprova usar presidiários nas  Forças Armadas