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Reforma Previdenciária: Necessária, Mas Não Suficiente

Publicado 02.05.2019, 13:28
Atualizado 14.05.2017, 07:45

No foco das discussões legislativas recentes, como em outros momentos, está a discussão da reforma previdenciária. Argumentos embasados em dados, alguns embasados em ilusões e outros em pura politicagem estão por todo lugar, tanto para justificar que é preciso tomar alguma atitude quanto para sugerir que nada precisa ser feito quanto a isso.

Um ponto pouco discutido, ou, melhor dizendo, apenas passado adiante como sendo verdadeiro, é que o país verá verdadeira decolagem rumo a um futuro glorioso imediatamente após a aprovação da reforma previdenciária. Duas visões complementares baseiam isso: primeiramente, uma imensa quantidade de investimentos produtivos estaria no gatilho, apenas aguardando tal aprovação, para entrar de imediato no Brasil; em segundo lugar, o fôlego dado ao lado fiscal seria tamanho que diversas questões brasileiras poderiam finalmente ser atacadas – investimentos seriam majorados em saúde, educação e saneamento básico, por exemplo.

Sobre o primeiro ponto: investe quem vê perspectiva de aumento de demanda em seu mercado, não porque “o governo está gastando menos”. A economia como um todo se deteriora ou avança em um agregado (e uma melhoria na renda do país é um incentivo claro a investir), é verdade, mas, setorialmente, o que sempre vai ditar as regras do como são feitos os novos projetos de investimento é qual a perspectiva de seu retorno. Outro fator importante que não deve ser esquecido é o fato de ainda termos péssimas condições para empreender no Brasil – basta olhar o Doing Business– e uma mudança na política fiscal, por si só, não irá mudar isso. E, cá pra nós, é bem fácil tirar uma quantia financeira imensa da cartola do que vê-la sendo colocada em prática.

O segundo ponto trata do que ocorrerá com o “dinheiro excedente”. E aqui está uma das más notícias: a reforma da previdência é necessária mas não suficiente porque, mesmo se aprovada em sua integralidade (o que não deve acontecer), permitiria que saíssemos do vermelho nas contas públicas só no início do próximo mandato presidencial. Anualmente, temos tido déficits na faixa entre 100 e 200 bilhões de reais e, mesmo se a reforma fosse aprovada no instante em que você lê este artigo, não seria suficiente para equalizar a situação – não no curto prazo, como tem sido vendido.

Na dúvida, basta olhar os dados levantados pela Instituição Fiscal Independente do Senado Federal em sua edição de abril/2019:

Previsão do governo para economia prevista com reforma

Sobre os constantes déficits nas contas do governo, o gráfico abaixo é bastante ilustrativo.

Evolução Déficit Primário (2008-2019); fonte: Blog Guide

Antes que você vá compartilhar este artigo com seu grupo ideológico contrário a aprovação da reforma previdenciária comemorando – ou o vá fazer em seu grupo ideológico a favor, dizendo que nós do Terraço Econômico somos uns “comunistas” ou algo que o valha -, é muito importante notar uma coisa importantíssima: a reforma é sim necessária, disso não se deve ter muita dúvida, dado que ela ataca privilégios e dá sim fôlego fiscal ao país ao longo dos anos; porém, não se iluda que ela será uma panaceia, salvação da lavoura ou resolução de todos os problemas do país, principalmente se sua ideia for de que, imediatamente após ela, teremos dias dourados novamente. Isso simplesmente não irá acontecer.

Vender o longo prazo como sendo curto prazo é, ao contrário da série de acertos da equipe econômica atual, seu segundo enorme erro. O primeiro foi o de dizer que iríamos zerar o déficit fiscal em 2019 – o que, a não ser que algo bastante relevante, fora do radar e não recorrente ocorra, está longe de ser uma realidade.

Últimos comentários

Reformar a previdência para dar lucros ao mercado e empobrecer a população de menor renda e idade vulnerável e sem acordo com mercado externo, no menor solavanco ou aumento de juros dos EUA, bye bye investimentos...
Eu concordo em parte Caio, pois temos um governo conservador em alguns aspectos mas totalmente liberal na economia, a minha previsão sobre o mercado é positiva, haja vista que a próxima proposta implementada pelo Paulo Guedes após a reforma da previdência é a tributária, seguida de ações de desburocratização que estavam estagnado os novos empreendimentos no Brasil, pelo menos foi a sinalização que Guedes deu em uma entrevista, com isso a contribuição melhoraria e teríamos muito capital estrangeiro entrando! Teremos de aguardar! Mas tenho uma visão mais otimista de mercado!
Com certeza, ela tem um grande impacto fiscal a longo prazo, mas na questão macroeconomica tambem deixa a desejar, ao contrario do que pensam muitos investidores e empresarios por ai. A questão é que o nivel de poupança interna esta baixo e o consumo muito fraco, 60% do pib vem do consumo das familias e essa reforma vai inclusive tirar poder de compra dos mais pobres. Para aumentar o credito e reaquecer a economia seria otimo o regime de capitalização, toda a poupança que é guardada para o futuro pode ser reinvestida, so que tem ser diferente do modelo chileno pois este é insustentavel
Com certeza, ela tem um grande impacto fiscal a longo prazo, mas na questão macroeconomica tambem deixa a desejar, ao contrario do que pensam muitos investidores e empresarios por ai. A questão é que o nivel de poupança interna esta baixo e o consumo muito fraco, 60% do pib vem do consumo das familias e essa reforma vai inclusive tirar poder de compra dos mais pobres. Para aumentar o credito e reaquecer a economia seria otimo o regime de capitalização, toda a poupança que é guardada para o futuro pode ser reinvestida, so que tem ser diferente do modelo chileno pois este é insustentavel
Caio,É óbvio que a reforma da previdencia isoladamente nao resolvera todos os problemas fo Brasil, que sao muiyos e variados. Ela apenas é o primeiro passo e tambem nao será no momento seguinte a aprovacao.
Sou contra a reforma com essa concepção predatória com a população mais necessitada e como foi a reforma trabalhista, de onde você tira essa certeza toda de crescimento? sei não viu.
Sou contra a reforma com essa concepção predatória com a população mais necessitada e como foi a reforma trabalhista, de onde você tira essa certeza toda de crescimento? sei não viu.
Qdo foi pra votar o impeachment havia Quorum até aos Domingos, hoje fala-se tanto na importância da reforma da previdência e nada se faz para acelerar a dita.
"É só tirar a Dilma que o PIB dobra.". "É só cobrar a bagagem que o preço da passagem aérea cai.". "É só tirar a Dilma que o dólar cai.". "É só tirar direitos trabalhistas que o emprego vai bombar.". "É só fazer a reforma (destruição) da Previdência que o Paraíso descerá à Terra.". E o Brasil continua descendo a ladeira.
Finalmente uma análise sã e sem viés. Parabéns!
O problema neste caso não está na reforma em si, caso tenhamos qualquer superávit nas contas públicas elas sempre serão destruídas pela corrupção que já se transformou em uma epidemia no país e nunca vai mudar. É pura ilusão se quem quer que seja acreditar que nos próximos 500 anos mudaremos alguma coisa na cultura da corrupção no Brasil.
O que não ouço é: se a reforma vai desonerar o governo, este vai continuar cobrando os tributos vinculados a previdência? Pelo jeito sim, já que parte desse recurso vai pelo ralo Via DRU. Ou seja o efeito imediato na demanda virá pela criação de expectativa. mas o efeito real precisa de uma Reforma Tributária também.
ponderado, há que se abrir o leque de atitudes, descentrado da previdência. desfocar também irá trazer menos antagonismo
Perfeito!!!
Pimenta no rabo do pobre sempre foi e sempre será REFRESCO.
Tem que atacar é a tributação em cima de heranças dos burgueses que no  Brasil é de 3%,em quanto que nos Eua e Europa de 40% e 35% respectivamente...colocar na conta dos burgueses ninguém quer né?Não é para copiar os países de 1º mundo?então por que não fazemos isso?
é PSOLISTA essa m..... de corretor ortográfico. essa turma do PSOL, só gosta de dinheiro dos outros.
 Oh sabidão,quem que falou em taxar a herança de um vivo?
Derrete euro,derrete!!!!!.
Guedes já falou inúmeras vezes de onde sairá os recursos para zerar o déficit esse ano e impulsionado com aprovação da nova previdência poderá sim injetar um grande otimismo nos empresários aivando a economia, Isso é fato!
Quem não entende isso é no mínimo mal intencionado.
como se o país necessitasse apenas de empresário. A cada dia empregam menos pessoas, já passam dos 13 milhões de desempregados, ou seja mais de 13 milhões de consumidores. As empresas estão cada dia reduzindo quadros de empregados substituindo por aplicativos robôs ou seja lá o que for. Vai continuar assim até perceberem que para economia crescer precisa de consumidores empregados.
nem li o artigo concordo com o título, tem que andar todas as reformas principalmente o pacote antcrime e reforma tributária
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