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Instituição Fiscal Independente revisa para baixo projeções do PIB

A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado que faz estudos técnicos sobre a economia brasileira, revisou ligeiramente para pior as projeções para o PIB deste ano e do ano que vem. Para 2018, o número caiu de 1,6% para 1,4%, e para o ano que vem, de 2,4% para 2,3%.

"Apesar da reação positiva do mercado acerca do resultado das eleições, evidenciada, sobretudo, na redução das taxas de juros de longo prazo, ainda não há sinais claros de mudanças estruturais suficientes para alterar a dinâmica de investimentos e da produtividade da economia", diz o IFI.

No cenário otimista, ou seja, de aprovação de reformas no governo Bolsonaro, o risco-país cairia mais e isso daria impulso para a recuperação. Nessa premissa, o PIB poderia crescer 3,4% entre 2020 e 2030. Já no cenário pessimista, ou seja, sem reformas relevantes aprovadas, os juros e o dólar subiriam, e a economia ficaria um longo período crescendo pouco, na casa de 1,3% na próxima década.

A situação fiscal continua desafiadora, e o IFI estima, em seu cenário base, que o governo só voltará a ter superávits primários em 2023, quando a dívida bruta baterá em 82,7% do PIB. O que tem impedido uma crescimento mais rápido da dívida é a devolução de recursos do BNDES ao Tesouro, mas eles ficarão menores nos próximos anos. Ou seja, a necessidade de conter gastos é urgente, pela visão do IFI.

- O quadro fiscal nunca foi tão complexo. Será preciso um coquetel de medicamentos para curar o doente - diz o diretor-executivo do IFI, Felipe Salto.

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