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Esteves Colnago, ministro substituto do Ministério do Planejamento, detalha plano do governo para fechar Orçamento (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Esteves Colnago, ministro do Planejamento, criticou a forma como despesas públicas são conduzidas (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse nesta terça-feira que a incerteza da trajetória das contas públicas atrapalha o setor privado a crescer de acordo com seu potencial. Em seminário promovido pela Instituição Fiscal Independente (IFI), o ministro afirmou que com o atual desequilíbrio fiscal, “o setor público está dificultando a sociedade”. E disse que, sem reformas estruturais para reverter o crescimento das despesas obrigatórias, que avançam sobre o orçamento público, o país deixa uma “camisa de força absurda” para o próximo governo.

— A iniciativa privada tem plenas condições de crescer. O arcabouço econômico permite que a iniciativa privada alcance voos maiores. O governo não só não está sendo promotor do crescimento, como ele poderia ser, mas traz uma incerteza para a sociedade que de alguma forma retarda ou prejudica o PIB. O setor público está dificultando a sociedade.

Segundo ele, não há outra solução para o próximo governo senão fazer reformas estruturantes, como a da Previdência e a administrativa. Ele apontou que, hoje, o crescimento dos benefícios previdenciários é o principal fator de alta dos gastos obrigatórios. Segundo Colnago, o gasto com pessoal está estável.

O ministro ainda afirmou que, com a consulta pública aberta na semana passada para traçar uma estratégia de crescimento, o governo quer reformular o Plano Plurianual (PPA). Para ele, o PPA se perdeu:

— Precisamos resgatar o PPA. Ele se perdeu, começou a entrar em minúcias demais. E houve supervalorização do papel do Estado. O Estado não tem como ser o motor do crescimento, tem que ser um grande coordenador.