A situação delicada das contas públicas brasileiras se torna evidente por qualquer indicador fiscal que se considere. Hoje, o que ainda chama mais a atenção dos analistas é a trajetória da dívida bruta como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que saltou de 51,5% no fim de 2013 para 74,4% em novembro do ano passado. Uma outra medida, a que desconta as reservas internacionais do endividamento bruto, mostra um percentual de fato bem mais baixo, de 55,6% do PIB, mas a tendência também tem sido de alta forte - há quatro anos, a relação estava em 36,3% do PIB.
País mostra fragilidade em todas as métricas fiscais
Por Sergio Lamucci, De São Paulo — Valor