A deterioração fiscal dos Estados irá ditar o tom das conversas dos novos governadores em Brasília a partir de 2019. No dia1°, quando o presidente eleito Jair Bolsonaro tomar posse, ficará clara a ausência de governadores que apoiaram Fernando Haddad (PT) durante as eleições. Os governantes eleitos no Ceará, Pernambuco, Alagoas e Bahia tomarão posse em seus respectivos Estados em horários que concorrem com o da cerimônia na capital federal. Mesmo entre os governadores não alinhados a Bolsonaro, porém, pesa a perspectiva de retomada econômica lenta aliada a uma estrutura que leva a um descompasso cada vez maior entre receitas e despesas e, em casos mais extremos, a um quadro com atraso de salários e greves.
Desequilíbrio fiscal vai calibrar diálogo com governadores
Por Marta Watanabe, Rodrigo Carro, Marcos de Moura e Souza e Marina Falcão, De São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Recife — Valor