Testemunhas de defesa reafirmam que Dilma não cometeu crime de responsabilidade — Rádio Senado
Julgamento do Impeachment

Testemunhas de defesa reafirmam que Dilma não cometeu crime de responsabilidade

27/08/2016, 01h00 - ATUALIZADO EM 27/08/2016, 01h00
Duração de áudio: 03:04
Edílson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: TESTEMUNHAS DA DEFESA REAFIRMAM QUE DILMA ROUSSEFF NÃO COMETEU CRIME DE RESPONSABILIDADE E FOI ATÉ RIGOROSA NA GESTÃO DAS CONTAS PÚBLICAS. LOC: SENADORES PRÓ-IMPEACHMENT ABREM MÃO DE PERGUNTAR ÀS TESTEMUNHAS DA DEFESA. ALIADOS DA PETISTA CRITICAM A AUSÊNCIA DE DEBATE. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Na condição de informante, após entendimento entre defesa e acusação, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo declarou que a presidente afastada Dilma Rousseff não desarranjou a economia até pelo excesso de responsabilidade fiscal. Ele citou o contingenciamento de R$ 78 bilhões após uma queda na arrecadação provocada pela crise econômica mundial. Ao negar o descumprimento da meta fiscal, Belluzzo afirmou que os decretos suplementares não pressionaram o rombo nas contas públicas. ( Luiz Gonzaga Belluzzo) O impacto dos decretos foi mais ou menos parecido com 0,15% do déficit nominal. Portanto, impacto ridículo. (Repórter) Como testemunha, o jurista Geraldo Prado negou o crime de pedalada fiscal ao ressaltar que a União pagou a diferença dos juros cobrados para o Plano Safra. Ele destacou que o programa não precisava da assinatura de Dilma, por isso, não há culpa ou responsabilidade. (Geraldo Prado) No caso do Plano Safra não há ato atribuído e imputável à presidente Dilma porque as subvenções transferidas ao Banco do Brasil o foram num contexto de operação complexa que tinha em diversos Ministérios os seus entes competentes. (Repórter) Já o ex-secretário do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, afirmou que os recursos remanejados para os decretos eram próprios. Os aliados de Dilma foram os únicos que fizeram perguntas para as duas testemunhas e o informante da defesa. O senador Lindbergh Farias do PT do Rio de Janeiro criticou os pró-impeachment por fugirem do debate após o auditor do TCU, Antônio Carlos D’avila, ter admitido que contribuiu para a elaboração do parecer pela rejeição das contas de Dilma. (Lindbergh Farias) Houve uma confissão aqui de Antônio Carlos D’Ávila do TCU, que faz uma representação e ele decide porque ele era o auditor que deu prosseguimento à causa. Então, é uma fraude. Está demonstrando agora que no TCU houve uma organização fraudulenta. Sabemos que esse processo é uma farsa e que não tem crime de responsabilidade por parte da presidente. Acho que o ponto alto será a vinda dela na segunda-feira. (Repórter) Os senadores pró-impeachment decidiram não fazer perguntas aos depoentes. Segundo Aécio Neves do PSDB mineiro, as testemunhas já foram ouvidas pela Comissão Especial. (Aécio Neves) Estamos aqui observando. No momento em que acharmos que o debate justifique nossa participação, entraremos. O que queremos agora é que haja celeridade para que possamos, ouvindo a presidente na segunda-feira, concluir todo esse processo na madrugada de terça para quarta. E permitirmos que o Brasil tenha uma nova agenda. (Repórter) No total, foram 2 testemunhas da acusação e seis da defesa arroladas para a fase do interrogatório. Mas uma que defenderia Dilma, a ex-secretária do Orçamento Federal, Esther Dweck, foi dispensada pelo advogado José Eduardo Cardozo.

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