Sindicalistas debatem com senadores reforma trabalhista — Rádio Senado

Sindicalistas debatem com senadores reforma trabalhista

Sindicalistas pedem a senadores que a reforma trabalhista (PL 6787/2016) não seja votada rapidamente no Senado. O líder do PSDB no senado, senador Paulo Bauer (PSDB – SC) admite mudanças no projeto, mas não descartou pedido de urgência quando a proposta chegar à casa.

O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (PMDB – AL), defende que o Senado discuta sem pressas as novas regras trabalhistas para não retirar direitos já conquistados.

25/04/2017, 22h28 - ATUALIZADO EM 26/04/2017, 10h10
Duração de áudio: 02:04
Plenário do Senado durante sessão deliberativa extraordinária que decidirá pela aprovação ou rejeição do relatório favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em discurso, senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira

Transcrição
LOC: SINDICALISTAS PEDEM A SENADORES QUE A REFORMA TRABALHISTA NÃO SEJA VOTADA RAPIDAMENTE NO SENADO. LOC: LÍDER DO PSDB ADMITE MUDANÇAS NO PROJETO, MAS NÃO DESCARTOU PEDIDO DE URGÊNCIA QUANDO A PROPOSTA CHEGAR À CASA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. ( HÉRICA): Após a aprovação por uma comissão especial de deputados e na iminência de votação no Plenário da Câmara, representantes de mais de 60 sindicatos de todo o País vieram ao Senado pedir que a Reforma Trabalhista não seja votada rapidamente. Numa reunião com o líder do PMDB, senador Renan Calheiros de Alagoas, eles também defenderam mudanças à proposta para manter a cobrança da contribuição sindical e a prevalência da lei trabalhista sobre os acordos coletivos para impedir o chamado negociado sobre o legislado. Renan Calheiros defende que o Senado discuta sem pressas as novas regras trabalhistas para não retirar direitos já conquistados. (Renan) O ideal era que as leis envelhecessem com a sociedade. Como isso não acontece, você precisa atualizá-las. Mas essa atualização não pode ser sinônimo de desmonte do Estado democrático e social. REP: O senador Paulo Paim do PT gaúcho, que também participou do encontro, confirmou mudanças no projeto da Câmara. (Paim) A reforma da Previdência temos que trabalhar para derrubar completamente. Agora a Reforma trabalhista é mais pontual. Por isso, dá para apresentarmos emendas, fazer seminários e debates com calma. Não precisa ser nada correndo. REP: Mas o líder do PSDB, senador Paulo Bauer de Santa Catarina, não descartou a aprovação de um pedido de urgência para que a Reforma Trabalhista seja votada diretamente pelo Plenário do Senado mesmo com mudanças. (Bauer) Podemos pedir urgência se for conveniente e adequado. É natural que se na Câmara houve um processo de urgência e uma provação dentro desse regime de urgência, no Senado pode acontecer o mesmo. REP: Além do fim contribuição sindical obrigatória e da prevalência do negociado sobre o legislado, a Reforma Trabalhista permite o parcelamento das férias em até três períodos e o trabalho em casa. O projeto estabelece multa para a empresa que não registrar o trabalhador e para o empregado que agir com má-fé em processos trabalhistas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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