Senadores lamentam que Câmara não tenha votado reforma política — Rádio Senado
Reforma política

Senadores lamentam que Câmara não tenha votado reforma política

Senadores lamentam que a Câmara dos Deputados não tenha votado, ainda, a reforma política, que não tem consenso entre os deputados. Os parlamentares admitem que farão campanha sem o fundo público que precisaria ser criado.

15/09/2017, 19h38 - ATUALIZADO EM 18/09/2017, 10h27
Duração de áudio: 02:04
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES LAMENTAM QUE CÂMARA NÃO TENHA VOTADO A REFORMA POLÍTICA, QUE AINDA NÃO TEM CONSENSO ENTRE OS DEPUTADOS. LOC: ELES ADMITEM QUE FARÃO CAMPANHA SEM O FUNDO PÚBLICO QUE PRECISARIA SER CRIADO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O Plenário da Câmara retomará a votação da Reforma Política. A proposta trata da cláusula de barreira para acabar com as legendas de aluguel, da coligação partidária a fim de impedir a eleição de políticos sem votos – o chamado efeito Tiririca – e do voto distritão para deputado, modelo em que os mais votados serão eleitos. O projeto ainda institui um fundo público sem valores definidos para bancar as eleições em resposta à proibição das doações de empresas. O senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, descartou a aprovação da Reforma já que cada parlamentar quer defender o próprio mandato. Na avaliação dele, as legendas que economizaram recursos do Fundo Partidário terão vantagem nas eleições do ano que vem, já que os eleitores não deverão fazer doações. (Alvaro Dias) Temos poucos dias. Se até agora, a Câmara não encontrou solução, fica difícil acreditar que em poucos dias se encontre nova solução. A legislação atual que vai acabar prevalecendo com doações de pessoas físicas, que muitos entendem serem insuficientes. (Repórter) Diante da falta de consenso, o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, avalia que a prioridade é o novo fundo público de campanha. (Humberto Costa) Precisamos avançar com isso nem que seja única e exclusivamente para definirmos a questão da criação desse fundo eleitoral, que é essencial, até mesmo para que possamos cumprir com a legislação atual já que há um impedimento de contribuições de empresas. (Repórter) Apesar da falta de tempo, o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, ainda acredita na aprovação da Reforma Política. (Romero Jucá) Vamos continuar batendo na tecla de que é preciso aprovar rapidamente essa matéria. Enquanto há prazo, há esperança. A política é dinâmica. Se houver uma decisão política e se houver uma convergência, se aprova isso rapidamente. (Repórter) Se aprovada pela Câmara, a Reforma Política volta para o Senado onde terá que ser votada até o final do mês.

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