Senadores divergem sobre nova denúncia contra Temer — Rádio Senado
Denúncia

Senadores divergem sobre nova denúncia contra Temer

O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou a nova denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Jucá afirma que Janot está desacreditado depois de ter sido visto em um bar em Brasília na companhia do advogado de Joesley Batista, do grupo JBS. Já o líder do PT, senador Lindbergh Farias (RJ), disse que o presidente Temer usará a ampliação da meta de déficit público em R$ 20 bilhões para comprar votos na Câmara dos Deputados para arquivar a segunda denúncia. “Ele vai pelo velho caminho de comprar apoio parlamentar. Na vez passada, foram mais de R$ 20 bilhões. Não foram só emendas parlamentares. Eles negociam com setores. Negociaram com a bancada ruralista, por exemplo, uma anistia de R$ 10 bilhões de dívidas da Previdência, da mesma Previdência que eles dizem estar quebrada e, por isso, querem fazer uma reforma que penaliza os mais pobres”, acusou o senador carioca.

14/09/2017, 20h14 - ATUALIZADO EM 14/09/2017, 20h54
Duração de áudio: 02:03
14/092017- Xambioá - TO, Brasil- Cerimônia de Assinatura da Ordem de Serviço da Construção de Ponte Rodoviária sobre o Rio Araguaia.
Foto: Beto Barata/PR
Beto Barata/PR

Transcrição
LOC: O LÍDER DO GOVERNO MINIMIZOU A NOVA DENÚNCIA CONTRA MICHEL TEMER APRESENTADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. LOC: A OPOSIÇÃO DISSE QUE O PROCESSO CONTRA O PEEMEDEBISTA DEVERÁ SER ARQUIVADO E ANTECIPA ACUSAÇÃO DE COMPRA DE VOTOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer por obstrução à justiça e organização criminosa e incluiu os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral, Moreira Franco; os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Rocha Loures; o ex-ministro Geddel Vieira Lima, além do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud. Janot acusou os peemedebistas de formarem um núcleo político para cometerem crimes contra empresas e órgãos públicos. O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, minimizou a segunda denúncia contra Temer ao questionar a conduta do procurador ao citar que ele foi flagrado em um bar em Brasília ao lado do advogado de Joesley Batista após descobrir que o empresário tinha escondido informações. (Romero Jucá) O procurador está tão desacreditado e agora se juntou com o Funaro e vai convidá-lo para tomar cerveja lá naquela distribuidora. Acho que o procurador perdeu o senso. Mas acho que a sociedade saberá julgar o modus operandi e criar factoides e apagar provas. (Repórter) Ao citar o arquivamento da primeira denúncia por corrupção passiva, o líder do PT, senador Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, disse que Temer usará os R$ 20 bilhões do aumento do déficit para comprar votos na Câmara. (Lindbergh Farias) Ele vai pelo velho caminho de comprar apoio parlamentar. Na vez passada, foram mais de R$ 20 bilhões. Não foram só emendas parlamentares. Eles negociam com setores. Negociaram com a bancada ruralista, por exemplo, uma anistia de R$ 10 bilhões de dívidas da Previdência, da mesma Previdência que eles dizem estar quebrada e por isso, querem fazer uma reforma que penaliza os mais pobres. (Repórter) O Supremo Tribunal Federal deverá enviar a denúncia para a Câmara, que será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo Plenário da Casa.

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