Senadores criticam intenção do governo de importar café do Vietnã

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LOC: SENADORES CRITICARAM EM PLENÁRIO A INTENÇÃO DO GOVERNO DE IMPORTAR CAFÉ DO VIETNÃ. O PAÍS É O SEGUNDO MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DO GRÃO, ATRÁS APENAS DO BRASIL. LOC: A DECISÃO FOI SUSPENSA DE FORMA PROVISÓRIA, APÓS REUNIÃO ENTRE MINISTROS E PARLAMENTARES. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TÉC: O Governo Federal suspendeu provisoriamente a importação um milhão de sacas de café tipo robusta do Vietnã. A intenção era autorizar quatro remessas, de fevereiro a maio, para compensar a quebra na safra nacional. Devido à seca, o maior produtor brasileiro, o Espírito Santo, sofreu, em 2016, uma queda na produção da variedade robusta de 30% em relação ao ano anterior. O Governo vai promover estudos mais aprofundados para avaliar a necessidade da importação e poderá republicar a portaria. Foi o que informaram os parlamentares que participaram de reunião recente com os ministros da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, e da Indústria, Marcos Pereira. O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, afirmou que a importação de um milhão de sacas não faria sentido já que o Brasil produz mais de 50 milhões de sacas de café por ano, além de exportar 30 milhões de unidades. (Raupp) “O Brasil nunca importou café, principalmente, o café em grão, o café verde, o café em grão, como se diz. Nesse momento em que os produtores de café começaram a ganhar um dinheirinho – aumentou um pouco, é bem verdade, o preço da saca do café –, o Brasil importar café do Vietnã, sem saber se vêm pragas nesse café, que café que vai chegar ao Brasil, e sem necessidade?” (REP) A senadora Rose de Freitas, que representa o Espírito Santo pelo PMDB, disse que os dados apresentados pela Companhia Nacional de Abastecimento para demonstrar a escassez de grãos disponíveis no Brasil não representam a realidade. A senadora classificou como autoritária e equivocada a decisão do Ministério da Agricultura. (Rose) O Ministro da Agricultura simplesmente decidiu, mandando fazer levantamento pela Conab, contabilizar as safras de café conilon que existiam nos Estados produtores. Ofereceu um número irrisório, irreal. Essa atitude tomada sem ouvir os Estados produtores e sem ouvir as federações simplesmente traria, para o Estado do Espírito Santo um prejuízo de cerca de R$1,5 bilhão aos produtores capixabas. (REP) Segundo o IBGE, nos últimos doze meses, o preço do café solúvel subiu quase 15%, e do café em pó 20%. Da Rádio Senado, Marcella Cunha