Senadores criticam falta de investimento em universidades públicas — Rádio Senado
Educação

Senadores criticam falta de investimento em universidades públicas

14/09/2017, 19h38 - ATUALIZADO EM 14/09/2017, 19h38
Duração de áudio: 02:02
Plenário do Senado durante sessão deliberativa extraordinária.

À mesa, senador Elmano Férrer (PMDB-PI).

Em discurso, à tribuna, senador Armando Monteiro (PTB-PE).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS SENADORES JORGE VIANA E CRISTOVAM BUARQUE CRITICARAM A FALTA DE INVESTIMENTO DO GOVERNO NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS. LOC: ELES DEFENDEM QUE A CRISE FINANCEIRA QUE O PAÍS ENFRENTA NÃO PODE PREJUDICAR AS INSTITUIÇÕES. REPÓRTER GUSTAVO AZEVEDO. TÉC: O governo Federal anunciou recentemente cortes de verbas em diversas áreas, com a justificativa da crise econômica e a consequente queda de receitas. O orçamento da educação foi reduzido em mais de quatro bilhões de reais. Com o repasse diminuído, universidades públicas passaram a enfrentar problemas para sustentar as atividades até o fim do ano. Recessão essa que também se reflete nos estados. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro, por exemplo, sofre o risco de fechar as portas por falta de dinheiro. O senador Jorge Viana, do PT do Acre, destacou que a situação da educação superior no Brasil é preocupante. Ele também chamou atenção para a redução de vagas no FIES, o que prejudica as instituições privadas, e criticou a política de cortes do governo atual. (Jorge Viana) E o que faz o Governo Temer agora? Fala de cortes. Aprovaram o teto para gastos. É apenas um tal de sinal para o mercado. O que acontece? O governo anunciou um corte de R$4 bilhões no orçamento do Ministério. O dinheiro das universidades acabou no meio do ano. Esse ato irresponsável tem que ter um posicionamento nosso. (REP) Ex-reitor da Universidade de Brasília, o senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, também criticou a falta de investimento nas universidades públicas. Mas, segundo ele, as dificuldades vão além da falta de recursos. Cristovam acredita que a crise econômica exige uma reflexão por parte das universidades. (Cristovam) Nós estamos perdendo a perspectiva de fatos muito graves que estão acontecendo. Por exemplo, a situação das nossas universidades. Não é possível um País deixar que suas universidades sejam asfixiadas. Nós não estamos só num assassinato por falta de dinheiro; nós estamos vivendo um suicídio, por falta de alma das universidades. Se elas não entenderem os pecados que elas vêm cometendo não vai adiantar jogar dinheiro. (REP) Com os cortes feitos pelo governo, o orçamento total para o Ministério da Educação em 2017 passou de 35 para 31 bilhões de reais. Da Rádio Senado, Gustavo Azevedo.

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