Senadores articulam para tentar reverter os últimos votos no julgamento do impeachment — Rádio Senado
Julgamento do Impeachment

Senadores articulam para tentar reverter os últimos votos no julgamento do impeachment

29/08/2016, 22h35 - ATUALIZADO EM 29/08/2016, 22h35
Duração de áudio: 02:15
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff por suposto crime de responsabilidade. 

Da bancada, senadores acompanham sessão. 

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado
Jane de Araújo/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES CONTRA E A FAVOR DO IMPEACHMENT SE ARTICULAM PARA TENTAR REVERTER OS ÚLTIMOS VOTOS NO PLACAR DO JULGAMENTO FINAL DO AFASTAMENTO DE DILMA ROUSSEFF. LOC: SÃO NECESSÁRIOS 54 VOTOS PARA A APROVAÇÃO E 28 PARA A REJEIÇÃO. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. (Repórter) Os aliados do presidente interino Michel Temer esperam obter mais que os 54 votos necessários para aprovar o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. A informação é do líder do Governo no Senado, Eunício Oliveira, do Ceará. (Eunício Oliveira) “Nós temos já consolidados aqui entre 59 e 60 votos. Então não há porque ter nenhum tipo de angústia. Essa questão do afastamento da presidente, no meu entendimento, já está definitivamente consolidado” (Repórter) Porém, alguns senadores não declaram abertamente seu posicionamento ou ainda estão indecisos. Um deles, o senador Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, passou mal no final de semana e precisou ser internado. A assessoria dele, porém, confirmou que ele participará da votação, mas sua decisão só será conhecida na hora. Assim também será com os senadores Roberto Muniz, do PP da Bahia; Fernando Collor, do PTC de Alagoas; Jader Barbalho, do PMDB do Pará; e Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia. Acir afirmou que estava aguardando a vinda de Dilma Rousseff ao Senado para se decidir. Ele a questionou sobre a governabilidade, caso ela retome a Presidência da República. Os votos dos três senadores da bancada do Maranhão também só serão conhecidos nesta terça-feira. São eles: Roberto Rocha, do PSB; João Alberto Souza e Edison Lobão, ambos do PMDB. Lobão foi ministro de Minas e Energia nos governos de Lula e Dilma e já votou contra a presidente afastada no processo de admissibilidade do impeachment. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, acredita que a possibilidade de reverter votos favoráveis a Dilma Rousseff é real. (Vanessa Grazziotin) “. Se o lado de lá está conversa muito, o lado de cá também está conversando. Mais o mais importante é que eles estão conversando entre eles, vários senadores. E aí o quadro pode ser qualquer um. É claro que a nossa vitória, barrando esse processo será a maior das surpresas mas é uma surpresa possível e até previsível eu diria.” (Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, também anunciou que está analisando se votaria ou não. Ele não participou das duas votações anteriores.

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