Romário alerta para a falta de remédio para esclerose lateral amiotrófica em centros públicos de distribuição — Rádio Senado
Saúde

Romário alerta para a falta de remédio para esclerose lateral amiotrófica em centros públicos de distribuição

Está faltando remédio para pacientes de Esclerose Lateral Amiotrófica nos centros públicos de distribuição. O alerta foi feito pelo senador Romário (PSB – RJ), que pediu explicações às Secretarias de Saúde dos estados onde falta o remédio.

Segundo o senador Flexa Ribeiro (PSDB – PA) entrar na Justiça tem sido o caminho encontrado pelas pessoas para a garantia do remédio.

O senador Ivo Cassol (PP – RO) apresentou projeto que autoriza a compra de remédios diretamente dos laboratórios. A proposta (PLS 171/2012) está na CCJ desde 2012 e elimina intermediadores, que lucram com a cadeia farmacêutica até a aquisição dos medicamentos pelo Estado.

Para alertar a sociedade, o senador Romário apresentou projeto (PLS 682/2015 ) que cria o Dia Nacional da Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica, a ser celebrado em 21 de junho.

23/02/2017, 13h10 - ATUALIZADO EM 23/02/2017, 13h48
Duração de áudio: 02:29
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: ESTÁ FALTANDO REMÉDIO PARA PACIENTES DE ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA NOS CENTROS PÚBLICOS DE DISTRIBUIÇÃO. LOC: O ALERTA FOI FEITO PELO SENADOR ROMÁRIO, DO PSB DO RIO DE JANEIRO, QUE PEDIU EXPLICAÇÕES ÀS SECRETARIAS DE SAÚDE DOS ESTADOS ONDE FALTA O REMÉDIO. MAIS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES, (Repórter) O Riluzol, usado por pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica, é um medicamento de alto custo, mas que tem distribuição gratuita garantida por lei. A doença, conhecida por ELA, é degenerativa e incurável e afeta mais de dez mil brasileiros, com perda progressiva dos movimentos, da fala e da capacidade de engolir e respirar. E o remédio está em falta em doze estados e no Distrito Federal, segundo informou o senador Romário, do PSB do Rio de Janeiro. Sem o medicamento, alertou Romário, o paciente morre. Para o senador, essa situação demonstra o descaso do Estado. (Romário) “As pessoas chegam nos centros de distribuição e recebem a notícia de que remédio acabou e ninguém sabe quando voltará. Em poucas palavras recebem uma notícia que pode se tornar uma sentença de morte – e fica por isso mesmo. Incompetência, irresponsabilidade, desleixo. Não se pode botar a culpa em uma licitação que atrasou ou em um fornecedor que não fez a entrega. Também não se pode jogar a culpa na falta de orçamento. O que seria mais prioritário do que a vida das pessoas?” (Repórter) Entrar na Justiça tem sido o caminho encontrado pelas pessoas para a garantia do remédio, ressaltou o senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará. (Flexa Ribeiro) “Não há disponibilidade do medicamento, você não tem como adquiri-lo porque muitos deles não estão nem à venda. E quando estão, os preços não são alcançados pela maioria dos brasileiros”. (Repórter) O senador Ivo Cassol, do PP de Rondônia, lembrou que projeto de sua autoria permite a compra de remédios diretamente dos laboratórios. A proposta está na CCJ desde 2012 e elimina intermediadores, que lucram com a cadeia farmacêutica até a aquisição dos medicamentos pelo Estado, ressaltou Cassol. (Ivo Cassol) “E os trouxas, que somos nós, consumidores, pagamos esse preço. Precisamos, urgentemente, liberar esse projeto para que as prefeituras, as entidades filantrópicas e o Estado possam comprar medicamentos direto do laboratório, sem ficar dando lucro para atravessador”. (Repórter) Para alertar a sociedade, o senador Romário apresentou projeto que cria o Dia Nacional da Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica, a ser celebrado em 21 de junho. A proposta já foi aprovada pelo Senado e está em exame na Câmara dos Deputados. PLS 682/2015 PLS 171/2012

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