Projeto que autoriza destruição de documentos físicos após digitalização segue para Câmara — Rádio Senado
Propostas

Projeto que autoriza destruição de documentos físicos após digitalização segue para Câmara

14/06/2017, 17h04 - ATUALIZADO EM 14/06/2017, 17h04
Duração de áudio: 02:02
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião deliberativa com 45 itens. Entre eles, o turno suplementar do substitutivo ao PLS 146/2007, que dispõe sobre a digitalização e arquivamento de documentos em mídia ótica ou eletrônica, e o PLC 4/2016, que tipifica o crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha.

Bancada (E/D):
senador Magno Malta (PR-ES);
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR);
senadora Simone Tebet (PMDB-MS);
senador José Pimentel (PT-CE);   
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: SEGUE PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS O PROJETO QUE AUTORIZA A DESTRUIÇÃO DE DOCUMENTOS FÍSICOS APÓS A DIGITALIZAÇÃO. LOC: A PROPOSTA FOI APROVADA NESTA QUARTA-FEIRA PELO PLENÁRIO DO SENADO, COMO INFORMA O REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: O projeto do senador Magno Malta, do PR do Espírito Santo, equipara os documentos digitalizados, desde que certificados, aos originais em papel. E permite a destruição dos documentos físicos após a conversão para o formato eletrônico. O processo de digitalização deverá ser feito conforme regulamento específico a ser editado pelo governo federal e sob a orientação do Conselho Nacional de Arquivos. O relator da proposta, senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, explicou que a manutenção dos arquivos de papel custa caro e exige investimentos permanentes: (ARMANDO). prevê a eliminação, após a digitalização, dos documentos físicos classificados como temporários. Já os registros considerados permanentes e históricos continuarão a ser preservados, garantidas a guarda e a preservação. Uma estimativa, somente para a União, aponta uma economia anual de R$1,5 bilhão. (MAURÍCIO): Mas o líder do PT, senador Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, foi contra a medida. Ele lembrou que, apesar dos avanços tecnológicos, os documentos em papel têm um valor inestimável para a história. E mesmo um documento aparentemente temporário pode auxiliar na preservação da memória do país: (Lindbergh) A Administração Pública produz milhões de documentos, muitos deles de inestimável valor para a história do Brasil. Assim, a despeito dos avanços do projeto, persiste a crítica de antropólogos, arquivistas e historiadores de diversas universidades segundo a qual o projeto pode levar ao fim de documentos públicos e dos arquivos públicos, com prejuízo inestimável para a memória do Brasil. (MAURÍCIO): O projeto muda o Código de Processo Civil para assegurar aos documentos digitalizados o mesmo peso comprobatório dado aos originais. A matéria deve seguir direto para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Maurício de Santi. PLS 146/2007

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