Pela primeira vez, o total da dívida pública federal ultrapassa os R$ 3 trilhões

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LOC: PELA PRIMEIRA VEZ O TOTAL DA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL, SOMANDO A INTERNA E A EXTERNA, ULTRAPASSOU OS TRÊS TRILHÕES DE REAIS. LOC: ESSE DEVE SER UMA DAS QUESTÕES DEBATIDAS DURANTE A ANÁLISE DA PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL QUE LIMITA OS GASTOS DA UNIÃO, APROVADA ONTEM NA CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER FLORIANO FILHO. Os mais de três trilhões de dívida divulgados pelo Tesouro Nacional correspondem apenas à parte da União. Não conta os débitos dos estados e municípios brasileiros, muitos deles em situação financeira precária. Dividindo pela população brasileira, a dívida da União fica em cerca de 15 mil reais para cada cidadão. Só no ano passado o governo federal pagou quase um trilhão de reais entre juros, amortização e refinanciamento da dívida. Para o senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, integrante da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, é fundamental aprovar no Congresso a emenda constitucional limitando os gastos públicos para colocar a casa em ordem. O senador gaúcho explicou o motivo do crescimento acelerado da dívida. (Lasier) Principalmente em razão da taxa de juros que nós estamos sendo obrigados a pagar. Isto aí confirma a necessidade da PEC 241 que passou pelo segundo turno na Câmara dos Deputados e agora se encaminha para o Senado Federal. (Floriano) Lasier concorda com outros especialistas que o teto dos gastos é apenas o início da correção. Segundo ele, não adianta impor um teto se as despesas continuarem fora de controle. (Lasier) O Brasil nas suas finanças públicas foi levado ao caos completo. E se nós não tivermos junto a reforma previdenciária... que vai valer evidentemente só para os novos. Aqueles que já estiverem aposentados não terão seus direitos feridos de forma alguma. É preciso conter esta sangria financeira que corre contra o Brasil. REP: Assim como ocorreu na Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda Constitucional que limita os gastos públicos terá que passar por duas votações no Senado. Da Rádio Senado, Floriano Filho.