Operação da PF prende policiais legislativos sob o argumento de atrapalhar investigações da Lava Jato — Rádio Senado

Operação da PF prende policiais legislativos sob o argumento de atrapalhar investigações da Lava Jato

A Polícia Federal realizou operação no Senado Federal, nesta sexta-feira (21),  e  prendeu, temporariamente, por cinco dias, o diretor da Polícia Legislativa, Pedro Carvalho, e outros três policiais legislativos, acusados de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, por terem realizado varredura para detectar grampos eletrônicos em residências de senadores. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota afirmando que a “Polícia Legislativa exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal”.  Também por meio de nota, o senador Fernando Collor (PTC-AL) negou ter-se beneficiado de qualquer ação da polícia Legislativa "estranha às funções institucionais”. A repórter Marcella Cunha tem os detalhes.

21/10/2016, 16h33 - ATUALIZADO EM 25/10/2016, 09h33
Duração de áudio: 01:56
José Cruz/Agência Brasil

Transcrição
LOC: OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL PRENDE QUATRO POLICIAIS LEGISLATIVOS SOB O ARGUMENTO DE ATRAPALHAR INVESTIGAÇÕES DA OPERAÇÃO LAVA JATO. LOC: RENAN CALHEIROS AFIRMA QUE SENADO VAI COLABORAR COM APURAÇÃO DOS FATOS E QUE POLÍCIA LEGISLATIVA ATUA DENTRO DA LEGALIDADE. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: (Repórter) A operação Métis, da Polícia Federal, prendeu preventivamente quatro policiais legislativos sob o argumento de que o grupo criava embaraços a investigações policiais. Um aparelho de detecção de grampos eletrônicos teria sido usado em imóveis dos senadores Fernando Collor, do PTC de Alagoas; Edison Lobão, do PMDB do Maranhão; e Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná; e do ex-senador e presidente da República, José Sarney. Em nota, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, afirmou que a Polícia Legislativa exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, normas legais e regulamento. Segundo Renan, as atividades de varredura de escutas ambientais se restringem a grampos ilegais, sendo impossível diagnosticar outros tipos de monitoramento. Também em nota, Fernando Collor disse que não tem conhecimento dos fatos e negou ter se beneficiado de qualquer ação da polícia Legislativa estranha às funções institucionais. Já Gleisi Hoffmann afirmou que o pedido de varredura em seus imóveis de Brasília e Curitiba foi feito formalmente e todo o processo foi documentado pelo Senado. Segundo a senadora, a averiguação foi motivada por uma busca e apreensão realizada em junho, em seu apartamento na cidade de Curitiba, que não foi acompanhada por nenhum membro da família. (Gleisi) “Eu fiquei preocupada com relação à segurança da casa, a segurança do apartamento, e solicitei a possibilidade do Senado de fazer essa varredura eletrônica, Não teve nenhum motivo de obstrução, não teve nenhum motivo dei pedir qualquer ação policial. Até porque foi feita após uma ação, após uma investigação, e foi feita formalmente, através de um ofício meu dirigido ao Presidente da Casa.” (REP) Já o senador Edison Lobão informou que apenas vai se pronunciar por meio de sua defesa. O Senado designou advogados para acompanhar os procedimentos até a conclusão das investigações. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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