Do julgamento do Mensalão à relatoria da Lava Jato, Teori Zavascki atuou em momentos marcantes da história política recente — Rádio Senado
Morde de Teori Zavascki

Do julgamento do Mensalão à relatoria da Lava Jato, Teori Zavascki atuou em momentos marcantes da história política recente

20/01/2017, 17h16 - ATUALIZADO EM 20/01/2017, 17h16
Duração de áudio: 02:22
Brasília - Bandeiras em frente ao Supremo Tribunal Federal são hasteadas a meio mastro em sinal de luto pela morte do ministro Teori Zavascki (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Transcrição
LOC: DO JULGAMENTO DO MENSALÃO À RELATORIA DA LAVA-JATO, TEORI ZAVASCKI ATUOU EM MOMENTOS MARCANTES DA HISTÓRIA POLÍTICA RECENTE DO BRASIL. LOC: E A EXPECTATIVA É GRANDE SOBRE QUEM O SUBSTITUIRÁ NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TEC: Desde a posse como ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki atuou como julgador nas principais ações envolvendo denúncias de corrupção por agentes públicos no Brasil. Ele chegou ao STF quatro meses depois do início do julgamento da Ação Penal 470, do Mensalão. Zavascki foi um dos seis ministrou que votaram pela admissibilidade dos chamados “embargos infringentes”, recursos que permitiram a absolvição, do crime de formação de quadrilha, do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e mais sete réus do processo, o que não alterou as demais penas recebidas por eles. Relator das investigações da Lava Jato desde 2014, o ministro negou recurso para o relaxamento da prisão do ex-deputado Eduardo Cunha, decretada em outubro do ano passado, pelo juiz Sérgio Moro. Foi Zavascki também que, em 2015, determinou a prisão preventiva do então senador Delcídio do Amaral, acusado de tentar interferir nas investigações da Polícia Federal. No ano passado, o ministro suspendeu a Operação Métis, da Polícia Federal, que investigava suspeita de obstrução da justiça por parte da Polícia Legislativa. Na opinião da senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, o novo relator da Lava Jato deveria ser escolhido entre os atuais ministros: (Fátima) E por uma razão objetiva: como o presidente da República, mesmo que legalmente ele esteja amparado, escolher o substituto do ministro Teori para atuar numa operação onde ele é citado várias vezes? (REP) O senador Paulo Bauer, do PSDB de Santa Catarina, estado natal de Teori Zavascki, disse estar confiante no julgamento da Lava Jato pelo Supremo, seja o novo relator escolhido entre os atuais ministros ou não: (Bauer) Não será a troca de um ministro que vai fazer com que a justiça deixe de ser praticada. De forma alguma eu tenho dúvidas com relação ao resultado que os brasileiros esperam. (REP) Caberá à presidência do STF decidir se o novo relator da Lava Jato será escolhido entre todos os atuais ministros; somente entre os da Segunda Turma, onde Zavascki atuava; ou se a missão ficará com o novo integrante da Corte, ainda a ser escolhido.

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