Comissão de Transparência deve votar proposta que acaba com sigilo dos cartões corporativos do governo — Rádio Senado
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Comissão de Transparência deve votar proposta que acaba com sigilo dos cartões corporativos do governo

31/05/2016, 18h51 - ATUALIZADO EM 31/05/2016, 18h51
Duração de áudio: 02:03
Waldemir Barreto / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE TRANSPARÊNCIA E GOVERNANÇA PÚBLICA DEVE VOTAR NOS PRÓXIMOS DIAS A PROPOSTA QUE ACABA COM O SIGILO DOS CARTÕES CORPORATIVOS DO GOVERNO. LOC: O PROJETO DO SENADOR RONALDO CAIADO, DO DEMOCRATAS DE GOIÁS, JÁ POSSUI RELATÓRIO FAVORÁVEL POR PARTE DO SENADOR ANTÔNIO ANASTASIA, DO PSDB DE MINAS GERAIS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: Todos os órgãos do governo, Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como as empresas públicas, podem ser obrigados a divulgar os gastos com cartões corporativos. Este é o teor da proposta do senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, que está pronta para ser votada pela Comissão de Transparência e Governança Pública do Senado. Para ele, é essencial garantir que a sociedade saiba de que forma estão sendo gastos os recursos e se há abusos no uso desses cartões, pagos com o dinheiro do contribuinte: (CAIADO): Que é algo que realmente irrita a população brasileira que paga uma carga tributária altíssima no país e de repente vê gastos absurdos sendo aí escondidos pela tal do sigilo que é imposto a esses ‘cartões corporativos’. São gastos em termo de hotelaria do mais alto padrão no mundo todo. Consumo com vinhos e ao mesmo tempo restaurantes os mais badalados. (PENNA): Além de tornar público os gastos, o projeto ainda obriga que todo aquele que utilizar um cartão corporativo tenha ficha limpa. Casos de gastos realmente sigilosos deverão sofrer fiscalização, para evitar desvios. Vice-presidente da Comissão de Transparência, o senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, também defende a iniciativa: (CAPIBERIBE): Os presidentes de empresas estatais eles usam esses cartões aí. A transparência ela não pode se limitar aos ministérios, aos órgãos de execução direta, tem de também envolver as indiretas. Então os cartões corporativos, eles usam dinheiro público, então tem de também ir para o Portal da Transparência. Com raríssimas exceções. Em último caso as investigações, porque senão o investigado vai tomar conhecimento, não é? Questões de segurança nacional também eu acho que tem que ter. (PENNA): O relatório do senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, é um texto substitutivo, que deve ser votado na segunda semana de junho. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini. PLS 62/2016

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