Comissão de Direitos Humanos discute a situação dos trabalhadores do grupo JBS — Rádio Senado
CDH

Comissão de Direitos Humanos discute a situação dos trabalhadores do grupo JBS

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) discutiu, nesta segunda-feira (18), a situação dos trabalhadores do grupo JBS, de propriedade dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Sindicatos e o Ministério Público estão preocupados com possíveis demissões em massa, por conta da crise pela qual a empresa passa após as investigações que levaram os irmãos Batista à cadeia. O senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH, teme que os trabalhadores “paguem a conta” nos casos de corrupção que têm avançado no país.

18/09/2017, 12h57 - ATUALIZADO EM 18/09/2017, 14h53
Duração de áudio: 02:01
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para tratar sobre "A situação dos trabalhadores da JBS e das demais empresas da Holding J&F Investimentos".

Mesa:
representante da Câmara Municipal de Forquilhinha (SC) e presidente do Sindicato de Alimentação de Criciúma (SC), vereador Celio Elias;
presidente da Confederação Democrática dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação e Afins (ContacC-CUT), Siderlei Silva de Oliveira;
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
procurador do Trabalho - Coordenador Nacional do Projeto do MPT de Adequação das Condições de Trabalho em Frigoríficos em Santa Catarina, Heiler Ivens de Souza;
presidente da Federação dos Trabalhadores em Alimentação do Estado do Paraná, Ernane Garcia Ferreira;
presidente da Federação dos Trabalhadores em Alimentação do Estado do Mato Grosso do Sul, Vilson Gimenes.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTIU NESTA SEGUNDA-FEIRA A SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES DO GRUPO JBS, DOS IRMÃOS JOESLEY E WESLEY BATISTA. LOC: SINDICATOS E O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTÃO PREOCUPADOS COM POSSÍVEIS DEMISSÕES EM MASSA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) O grupo JBS contou com empréstimos do BNDES para aquisição de empresas no Brasil e no exterior. A atuação agressiva dos irmãos Joesley e Wesley Batista tornou o grupo o maior processador de proteína animal do mundo. Mas sindicatos reclamam que o dinheiro público eliminou uma série de pequenas empresas e deixou o mercado nas mãos de um único ator. E os trabalhadores agora se veem no meio de uma crise, sem saber como a companhia ficará após as investigações que levaram os irmãos Batista à cadeia. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lamentou que a corda acabe arrebentando sempre pro lado mais fraco. (Paulo Paim) No fundo quem paga a conta são os trabalhadores, é demissão, é arrocho salarial e fechamento de empresas tanto nessa área como também das empreiteiras. Temos nesse país o avanço muito grande dos corruptos e dos corruptores. E nesta lambança generalizada de ambos de corruptos e corruptores quem paga a conta no fim é mais uma vez os trabalhadores. (Repórter) O procurador do Trabalho Heiler Ivens de Souza alerta que a JBS está no limite de entrar em recuperação judicial. E pediu a ajuda do Senado para encontrar uma saída. (Heiler Souza) Gostaria de encaminhar a vossa excelência senador um convite a representantes da empresa JBS para discutir seriamente essas questões em uma mesa com a presença dos trabalhadores a fim de evitar que em um futuro próximo nós estejamos aqui tratando de uma demissão em escala nunca antes vista em nosso País. (Repórter) O senador Paulo Paim, que é o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, disse que o colegiado vai fazer a sua parte e espera que todos os envolvidos se empenhem para encontrar a melhor solução. RDH 76/2017, Senador Paulo Paim

Ao vivo
00:0000:00