Collor lembra que chegada de imigrantes marcou períodos de crescimento do Brasil
Transcrição
LOC: DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A NOVA ORDEM INTERNACIONAL, O SENADOR FERNANDO COLLOR DESTACOU QUE A CHEGADA DE IMIGRANTES MARCOU PERÍODOS DE CRESCIMENTO DO BRASIL
LOC: NO PAINEL DESTA SEGUNDA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, ESPECIALISTAS APONTARAM O FORTALECIMENTO DO POPULISMO NO MUNDO E A PRESENÇA DE NOVOS LÍDERES RADICAIS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
TÉC: No encontro que faz parte da série de painéis sobre a Nova Ordem Internacional e as Relações Exteriores do Brasil, senadores, especialistas e pesquisadores trataram questões como alianças estratégicas, integração, conflitos e a posição brasileira sobre os refugiados. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor de Mello, do PTC de Alagoas, defendeu que o Brasil deveria receber muito mais refugiados, pois passou por ondas de crescimento ao longo da história com a entrada de imigrantes:
(COLLOR) Hoje no mundo existem 65 milhões de refugiados. Vocês sabem quantos desses 65 milhões de refugiados o Brasil tem até o ano de 2016? Menos de 10 mil refugiados.
(PENNA) O professor Eiiti Sato, do Instituto de Relações Internacionais da UnB, lembrou que nos últimos anos a política partidária estava envolvida nas relações exteriores. E que, agora, o governo deve buscar o caminho das relações de longo prazo:
(SATO) Eu diria que talvez fosse o momento de retornar a uma tradição muito importante na diplomacia brasileira que é da sensatez e da moderação. Acho que isso foi uma coisa muita que foi bastante importante durante décadas.
(PENNA) O embaixador Marcelo Baumbach, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, lembrou que surgiram vários líderes internacionais vendendo uma imagem de força, que apesar de agradar aos seus eleitorados, podem levar seus países a direções prejudiciais:
(BAUMBACH) No momento atual nós vemos um recrudescimento do populismo no mundo, pessoas que se apresentam como figuras fortes e que tentam levar a multidão num sentido ou no outro e muitas vezes com propostas radicais.
(PENNA) O professor Bernardo Diniz, da UFMG, lembrou que a crise econômica afetou diversos países, o que se refletiu nas eleições:
(BERNARDO) A democracia representativa tal qual nós a concebemos no mundo ocidental vive uma certa inflexão, que eu acho que é resultado – principalmente dessa crise que vem em 2008 e tem desdobramentos até hoje.
(PENNA) A próxima audiência pública desta série será em 4 de setembro e terá como tema os 25 anos do Mercosul. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.