Collor lembra que chegada de imigrantes marcou períodos de crescimento do Brasil — Rádio Senado
Relações Exteriores

Collor lembra que chegada de imigrantes marcou períodos de crescimento do Brasil

21/08/2017, 22h04 - ATUALIZADO EM 21/08/2017, 22h04
Duração de áudio: 02:23
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) se reúne para realização do Ciclo de Debates "O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes ou Erguer Barreiras?". Apresentação do 10º Painel: Integração e as Alianças Estratégicas no Limiar da Terceira Década do Século XXI: Cooperação ou Conflito?

Mesa:
embaixador Marcelo Baumbach;
senador Fernando Collor (PTC-AL);
professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Eiiti Sato;
professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Bernardo Palhares Campolina Diniz.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A NOVA ORDEM INTERNACIONAL, O SENADOR FERNANDO COLLOR DESTACOU QUE A CHEGADA DE IMIGRANTES MARCOU PERÍODOS DE CRESCIMENTO DO BRASIL LOC: NO PAINEL DESTA SEGUNDA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, ESPECIALISTAS APONTARAM O FORTALECIMENTO DO POPULISMO NO MUNDO E A PRESENÇA DE NOVOS LÍDERES RADICAIS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: No encontro que faz parte da série de painéis sobre a Nova Ordem Internacional e as Relações Exteriores do Brasil, senadores, especialistas e pesquisadores trataram questões como alianças estratégicas, integração, conflitos e a posição brasileira sobre os refugiados. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor de Mello, do PTC de Alagoas, defendeu que o Brasil deveria receber muito mais refugiados, pois passou por ondas de crescimento ao longo da história com a entrada de imigrantes: (COLLOR) Hoje no mundo existem 65 milhões de refugiados. Vocês sabem quantos desses 65 milhões de refugiados o Brasil tem até o ano de 2016? Menos de 10 mil refugiados. (PENNA) O professor Eiiti Sato, do Instituto de Relações Internacionais da UnB, lembrou que nos últimos anos a política partidária estava envolvida nas relações exteriores. E que, agora, o governo deve buscar o caminho das relações de longo prazo: (SATO) Eu diria que talvez fosse o momento de retornar a uma tradição muito importante na diplomacia brasileira que é da sensatez e da moderação. Acho que isso foi uma coisa muita que foi bastante importante durante décadas. (PENNA) O embaixador Marcelo Baumbach, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, lembrou que surgiram vários líderes internacionais vendendo uma imagem de força, que apesar de agradar aos seus eleitorados, podem levar seus países a direções prejudiciais: (BAUMBACH) No momento atual nós vemos um recrudescimento do populismo no mundo, pessoas que se apresentam como figuras fortes e que tentam levar a multidão num sentido ou no outro e muitas vezes com propostas radicais. (PENNA) O professor Bernardo Diniz, da UFMG, lembrou que a crise econômica afetou diversos países, o que se refletiu nas eleições: (BERNARDO) A democracia representativa tal qual nós a concebemos no mundo ocidental vive uma certa inflexão, que eu acho que é resultado – principalmente dessa crise que vem em 2008 e tem desdobramentos até hoje. (PENNA) A próxima audiência pública desta série será em 4 de setembro e terá como tema os 25 anos do Mercosul. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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