CDH promove diligência em Boa Vista para apurar denúncias de violência — Rádio Senado
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CDH promove diligência em Boa Vista para apurar denúncias de violência

24/06/2016, 13h08 - ATUALIZADO EM 24/06/2016, 13h08
Duração de áudio: 02:13
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA PROMOVE DILIGÊNCIA EM BOA VISTA PARA APURAR DENÚNCIAS DE VIOLÊNCIA, QUE RESULTOU NA MORTE DE UM TRABALHADOR RURAL. LOC: AS AÇÕES VIOLENTAS ACONTECERAM NO CUMPRIMENTO DE MANDADOS DE REITEGRAÇÃO DE POSSE NA OCUPAÇÃO MORADA DOS ANJOS, ÁREA RURAL DE RORAIMA. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC.: As denúncias de violência e a notícia da morte de Evaldo Aristides Vieira chegaram ao senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, o que fez com que ele pedisse a diligência da Comissão de Direitos Humanos até o estado. Segundo as denúncias, a Guarda Civil Municipal e fiscais da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional têm agido de forma violenta no cumprimento de mandados de reintegração de posse na ocupação Morada de Anjos, localizada na Gleba Cauamé, que forma os municípios de Boa Vista e Alto Alegre, em Roraima. O senador Telmário Mota disse que o trabalhador foi morto, apesar de não ter reagido, e que providências devem ser tomadas. (TELMÁRIO) “Uma pessoa teve a sua vida tirada, portando só um celular, e, depois, disseram que ele tinha um canivete, quer dizer, para enfrentar toda uma patrulha,e levar um tiro letal. Esse crime não pode ficar impune. Foi um assassinato, aparentemente caracterizado assim. E nós vamos pedir providências aos órgão competentes, ao Ministério da Justiça, para que essa barbaridade não fique na impunidade”. (Iara): O senador Telmário Mota informou ainda que a Guarda Civil Municipal e fiscais da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional entram na comunidade sem mandado judicial e permitem que capangas de uma empresa imobiliária da região, que se diz proprietária da área, derrubem barracos, destruam os pertences dos trabalhadores e depois coloquem fogo. Segundo o senador, os trabalhadores não conseguem retirar nada, nem mesmo seus documentos pessoais. Ele teme que órgãos públicos estejam a serviço de empresas privadas. (TELMÁRIO) “É uma coisa que parece que estão usando as forças, o aparato municipal, em favor de propriedades particulares”. (Iara): A reunião aconteceu na Universidade Federal de Roraima. Participaram do evento representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, do INCRA, do Instituto de Terras e do Terra Legal, além de testemunhas da ação que resultou na morte do trabalhador rural. Também foram convidados, mas não compareceram, representantes da Guarda Civil Municipal e da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional.

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