CDH discute reestruturação das carreiras do Itamaraty — Rádio Senado
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CDH discute reestruturação das carreiras do Itamaraty

08/12/2016, 20h32 - ATUALIZADO EM 08/12/2016, 20h32
Duração de áudio: 02:21
Jefferson Rudy / Agência Senado

Transcrição
LOC: AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTIU A REESTRUTURAÇÃO DAS CARREIRAS DO ITAMARATY. LOC: SERVIDORES RECLAMAM DE DEFASAGEM SALARIAL E DESVIOS DE FUNÇÃO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TÉC: Os servidores do Itamaraty pediram a equiparação da remuneração às demais carreiras típicas de Estado, como Tesouro Nacional e Receita Federal. Eles não foram contemplados pelo pacote de reajustes aprovados este ano pelo Congresso Nacional e argumentam que a defasagem está acumulada desde 2008. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, apoiou a criação de uma comissão de representantes dos trabalhadores, da administração do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Planejamento para discutir a reestruturação da carreira. (Paim) “O que se testemunha é a manutenção de uma grande diferença salarial mesmo entre as próprias carreiras do serviço exterior, e uma altíssima evasão de funcionários qualificados. Mais preocupante ainda é que essa evasão não vem acompanhada de novos concursos e de consequente nomeação de aprovados.” (REP) Apesar dos concursos anuais para diplomatas do Instituto Rio Branco estarem mantidos, não há previsão de contratação para as demais carreiras, como oficial e assistente de chancelaria. O diretor do Departamento do Serviço Exterior do Ministério das Relações Exteriores, João Pedro Costa, disse que o órgão passou, na última década, por uma ampliação de cerca de 50% no número de consulados no exterior, principalmente devido a expansão da atuação brasileira no cenário internacional. Ele afirmou que, no entanto, esse crescimento não foi acompanhado de modernização na gestão de pessoal. Uma pesquisa da Associação Nacional dos Oficiais de Chancelaria do Serviço Exterior Brasileiro, divulgada durante a audiência, revelou que menos de 33% dos servidores entendem que exercem uma função para a qual sua carreira foi criada. Por isso, a necessidade de especialização foi um dos principais problemas apontados. Porém, o diretor da Associação dos Diplomatas Brasileiros, Felipe Santarosa, disse que a delimitação das tarefas não pode prejudicar o trabalho, já que cerca de 80% dos postos no exterior contam com apenas 2 ou 3 funcionários. (Felipe) “Temos que saber fazer um pouco de tudo também porque senão não teremos condições de servir nesses postos pequenos. Administração, comunicações, consular enfim.” (REP) Os documentos apresentados durante a audiência serão enviados para conhecimento da Comissão de Relações Exteriores. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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