CAS analisa proposta que garante qualificação profissional para adolescentes em abrigos — Rádio Senado
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CAS analisa proposta que garante qualificação profissional para adolescentes em abrigos

23/06/2017, 15h08 - ATUALIZADO EM 23/06/2017, 16h31
Duração de áudio: 02:29
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: GARANTIR QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA OS ADOLESCENTES QUE VIVEM EM ABRIGOS. LOC: É O QUE PREVÊ UMA MATÉRIA APRESENTADA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. OS DETALHES COM A REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS. (Repórter) Cecília de Azevedo Levini é voluntária em instituições que abrigam crianças há 20 anos em Brasília. Os voluntários se esforçam para inserir os jovens no mundo do trabalho com o objetivo de prepará-los para o futuro. Mas existem muitas dificuldades: (Cecília de Azevedo Levini) “Lembrando que eles têm a defasagem da escolaridade, ainda tem esse problema. Nem sempre a gente consegue conciliar o estagio com a série que ele está cursando. É muito difícil.” (Repórter) Para a voluntária Cecília, buscar estágios, qualificação e oferecer apoio psicológico é essencial para amparar esses jovens que, muitas vezes, vão viver sozinhos: (Cecília de Azevedo Levini) “Mas pra gente que está na retaguarda e vê a dificuldade que eles vão ter, e daqui a pouco quando não tiverem mais a nossa tutela, a gente fica angustiada, mas não passamos isso pra eles, trabalhamos nos bastidores.” (Repórter) Um projeto do senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí pretende diminuir esse tipo de problema para o adolescente abrigado. A proposta altera a lei que criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial e o Pronatec para garantir que os jovens em regime de acolhimento institucional tenham vagas prioritárias nos programas e desfrutem de cotas no programa jovem aprendiz. O senador Ciro Nogueira lembrou que a partir dos 14 anos os adolescentes já podem ser aceitos pelas empresas . (Ciro Nogueira) “A nossa proposta estabelece que a partir dos 14 anos os jovens podem começar a se preparar porque essa é a idade mínima exigida dos cursos profissionalizantes que o SENAC oferece para o programa menor aprendiz. Eu acredito que até completar os 18 anos os jovens poderão se qualificar e ter mais condições de competir no mercado de trabalho”. (Repórter) O projeto aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Cerca de 40 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos no Brasil, no chamado sistema de acolhimento institucional. Essas unidades recebem crianças e adolescentes vitimas de negligência, violência, abandono e uma parcela pequena é formada por órfãos. E ao completar os dezoito anos a lei exige que eles deixem os abrigos. PLS 190/2017

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